RADAR DO DIA: Inflação nos EUA; Ata do Copom; Reforma tributária aprovada

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Imagem perspectiva mercados
Indicadores da Bolsa de Valores

São Paulo, 18 de dezembro de 2023 – Os índices futuros americanos abriram em alta e as bolsas europeias em queda. A semana será marcada pela divulgação do índice de gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, na sexta-feira (22), um dos principais indicadores de inflação do país.

Em outubro, o PCE cresceu 3% em base anual e o núcleo avançou 0,2% em base mensal. Na ocasião, o economista chefe adjunto para os Estados Unidos da Capital Economics, Andrew Hunter, afirmou que o aumento moderado do consumo real e a nova descida da inflação subjacente do PCE reforçarão a crença crescente nos mercados de que cortes nas taxas de juro estão no horizonte.

Na semana passada, após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) confirmar a manutenção dos juros pelo terceiro mês seguido, analistas entenderam que as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, apontaram que o ciclo de alta terminou e que no próximo ano deve iniciar corte nos juros.

A previsão do mercado é que o Fed deve começar a cortar os juros a partir de março de 2024, após indicar pelo menos três cortes no próximo ano. O primeiro corte de juros provavelmente virá na reunião de março do próximo ano, e depois cortes de 0,25 ponto percentual (pp) em todas as reuniões a partir de março, para um declínio acumulado de 1,75 pp em 2024.

Por aqui, a expectativa é para a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta terça-feira (19). Na semana passada, o Copom confirmou mais um corte de 0,50 ponto percentual nos juros, levando a Selic a 11,75%. Analistas acham difícil que o Banco Central mude o ritmo dos cortes para 0,75 ponto percentual, mas a previsão é que a Selic deve fechar 2024 em 9% ao ano ao término do ciclo de relaxamento
monetário que deve se manter no ano que vem.

Em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que a reforma tributária poderá ser promulgada na próxima quarta-feira (20) em uma grande cerimônia. O próximo passo, segundo ele, é analisar os projetos de regulamentação do sistema tributário. A reforma foi aprovada na última sexta-feira (15) após mais de oito horas de debates em Plenário.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a alíquota padrão deve ficar em torno de 27,5% e que houve supressões de alguns setores, como em saneamento, que tinha recebido uma atenção do Senado e tiveram tratamento, uma revisão, pela Câmara. “Vamos avaliar o impacto, mas deve ficar em torno disso. Quanto mais eficiência e transparência e quanto menos litigiosidade e sonegação, tudo isso vai contribuir para a alíquota padrão ser cada vez mais adequada. Há um dispositivo na reforma tributária que prevê que todo governo terá que rever as exceções, que deverão ser comprovadas com a realidade.”

Na manhã de hoje foi divulgado o boletim Focus com as previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil. Para o IPCA, a expectativa para este ano recuou de 4,51% para 4,49%. Para 2024, a previsão para a inflação em 2024 ficou estável em 3,93%. Sobre a taxa Selic, a previsão para 2024 segue em 9,25%. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as previsões para 2023 e 2024 ficam estáveis em 2,92% e 1,51%, respectivamente.

No setor corporativo, a Americanas informou hoje que recebeu termos de adesão e apoio ao Acordo de Apoio à Reestruturação, Plano de Recuperação Judicial, Investimento e Outras Avenças (PSA) subscritos pela BTG Pactual Asset Management, em nome dos fundos por ela geridos, pelo Banco Safra e pela Oliveira Trust Distribuidora, na qualidade de agente fiduciário da 17a emissão de debêntures da Americanas. Nesta data, o PSA passou a contar com o apoio de credores quirografários titulares de aproximadamente 57% da dívida da companhia, excluindo os créditos intercompany. Dessa forma, a companhia assegurou, no que diz respeito à volume de créditos, o apoio necessário para aprovar seu Plano de Recuperação Judicial (PRJ) na Assembleia Geral de Credores (AGC), marcada, em primeira convocação, para amanhã, 19 de dezembro de 2023.

A Raízen informou que seu conselho de administração aprovou pagamento de Juros Sobre Capital Próprio (JCP) no valor total bruto de R$ 1,332 bilhão, equivalente ao valor bruto de R$ 0,12903243584 por ação. O JCP terá como base de cálculo a posição acionária de 20 de dezembro de 2023, considerando um total de 10.326.114.838 de ações de emissão da companhia, já descontadas as ações em tesouraria.

A Hypera informou que seu conselho de administração aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio, de R$ 0,30774 por ação ordinária, no valor total bruto de R$ 194,7 milhões. O pagamento dos juros sobre capital próprio será realizado até o final do exercício social de 2024, com base na posição acionária constante dos registros da companhia ao final de 26 de dezembro de 2023, sendo que as ações de emissão da Companhia serão negociadas “ex-juros sobre capital próprio” a partir de 27 de dezembro de 2023.

A Hapvida informou que seu conselho de administração da aprovou a realização da quinta emissão de debêntures simples no valor total de R$ 1 bilhão. A emissão será realizada em série única, sendo que as debêntures farão jus a juros remuneratórios correspondentes à 100% da variação acumulada das taxas médias diárias dos DI (Taxa DI), acrescida exponencialmente de uma sobretaxa equivalente a 1,75% ao ano, base 252 dias úteis e terão vencimento em 2030.

A Petrobras informou que, após cumpridos os trâmites internos de governança, celebrou novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). O aditivo altera o perfil de entregas do volume total de gás contratado pela Petrobras, em função da disponibilidade de gás para exportação pela YPFB.

O Bradesco informou o cronograma previsto de pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) mensais para o exercício de 2024: em 1 de fevereiro de 2024; 1 de março; 1 de abril; 2 de maio; 3 de junho; 1 de julho; 1 de agosto; 2 de setembro; 1 de outubro; 1 de novembro; 2 de dezembro e 2 de janeiro de 2025. Os valores previstos a serem pagos aos acionistas serão de R$0,017249826 por ação ordinária e R$0,018974809 por ação preferencial, que, líquidos do imposto de renda na fonte de 15%, correspondem a R$0,014662352 por ação ordinária e R$0,016128588 por ação referencial.

A Raia Drogasil (RD) informou que Eugênio De Zagottis, Diretor Vice-Presidente de Relações com Investidores e Novos Negócios, deixará de fazer parte da Diretoria Estatutária da Companhia a partir de 30 de abril de 2024. Para substituir Eugênio, o Conselho de Administração da Companhia nomeará Flávio de Moraes Correia como novo Diretor Executivo Estatutário de Relações com Investidores e Assuntos Corporativos, reportando-se diretamente ao CEO, Marcílio Pousada, e deliberou a redistribuição das demais atribuições executivas dentre os atuais membros da Diretoria Estatutária. Essas mudanças na estrutura corporativa da RD se efetivarão somente a partir de 30 de abril de 2024.

O conselho de administração da BB Seguridade aprovou o montante de R$ 5.665.000.000,00 a ser distribuído aos seus acionistas sob a forma de dividendos referentes ao lucro líquido de 2023. Deste total, R$ 2.455.000.000,00 são relativos ao lucro acumulado no segundo semestre do ano e se somam aos dividendos intercalares pagos em 28 de agosto.