RADAR DO DIA: Embate entre Bolsonaro e Moro é o destaque

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São Paulo – Em meio à pandemia do novo coronavírus, que assola as economias mundo afora, e a queda vertiginosa do petróleo e sua leve recuperação, o cenário político local nebuloso envolvendo embates entre Legislativo e Executivo e agora o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro, devem dar o tom por aqui.

A crise interna foi desencadeada no último domingo (19) quando atos em Brasília defenderam a reedição do AI-5, que caçou o direito dos cidadãos durante o regime militar. A iniciativa levou à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir abertura de inquérito para averiguar os fatos.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, aceitou pedido da PGR para abertura de inquérito para apurar “fatos em tese delituosos envolvendo a organização de atos contra o regime da democracia participativa brasileira”.

Rumores dão conta que por causa disso Bolsonaro resolveu exonerar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, do cargo e colocar alguém próximo a você para que possa monitorar essa investigação.

Contudo, Moro ameaçou pedir demissão por Valeixo ter sido sua indicação ao cargo e seu homem de confiança dentro da Polícia Federal. Na manhã de hoje a exoneração de Valeixo foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Além disso, publicação na imprensa afirma que o decano do STF, ministro Celso de Mello, afirmou considerar prudente que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, comece a analisar o pedido de impeachment feito pelo advogado José Rossini Campos do Couto e outros.

O mercado aposta ainda sobre um corte na taxa básica de juros, em meio à crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Para ajudar no pós pandemia, o governo lançou o programa Pró-Brasil de reocupação econômica, que terá seu lançamento em larga escala a partir de outubro. O cronograma foi apresentado pelo ministro da Casa Civil, general Braga Neto.

No exterior, em relação ao petróleo, que nos últimos dias os preços dos contratos futuros chegaram a operar em queda, com o WTI chegando a cair 30%, para seu menor nível em mais de 20 anos, à medida em que a pandemia do novo coronavírus derruba a demanda global, o preço vem ganhando tração e subindo desde quarta-feira (22).

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou por 388 votos a 5 um projeto de lei de US$ 484 bilhões que recompõe dois programas de assistência a pequenas empresas que foi esgotado, oferece assistência adicional aos hospitais e financia a expansão da capacidade de testes em todo o país.

Ainda na América, o presidente Donald Trump afirmou que o país segue apresentando redução de novos casos do novo coronavírus. Segundo ele, uma vacina está perto de ser testada.

Em relação à pandemia causada pelo novo coronavírus, o número de mortes no mundo está em muito mais de 100 mil pessoas, de acordo com a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins, enquanto o número de casos no mundo já supera mais de 2 milhões de infectados. O Brasil possui 49,492 mil casos confirmados, enquanto 3,313 mil pessoas morreram por causa da doença.

Ontem, o Ibovespa encerrou em queda de 1,25%, aos 79.673,30 pontos, após rumores de que o ministro Sergio Moro havia pedido demissão do cargo por divergir da decisão de Jair Bolsonaro de exonerar Maurício Valeixo da Polícia Federal.

Nesta manhã, os contratos futuros dos principais índice do mercado de ações dos Estados Unidos apontam para uma abertura no campo positivo, reagindo à aprovação pela Câmara dos Deputados de um projeto de lei de US$ 484 bilhões que recompõe dois programas de assistência a pequenas empresas.

Na Europa, as bolsas operam em queda reagindo à informação de que os testes com a droga Remdesivir não surtiram efeito contra o coronavírus. Na Ásia, por sua vez, os principais índices do mercado de ações fecharam o último pregão da semana em queda, reagindo às informações contrárias ao novo coronavírus.

CORPORATIVO

As Lojas Renner começarão a reabrir alguns pontos de vendas a partir de amanhã, em localidades onde os decretos de quarentena foram revogados ou flexibilizados por governadores e prefeitos.

A BRF Informou que fechou um acordo no valor de US$ 40 milhões para encerrar a class action movida contra a companhia e executivos no Tribunal Federal de Nova York, nos Estados Unidos. O acordo está sujeito a homologação.

Os acionistas do Pão de Açúcar aprovaram, durante assembleia geral ordinária e extraordinária, a distribuição de R$ 155,869 milhões em dividendos, o que corresponde a R$ 0,582024107 por ação ordinária, referente a abril e dezembro de 2019.

O conselho de administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aprovou a rerratificação da 25 emissão de debêntures simples, em série única, com a emissão de 1,450 milhão de debêntures, pelo valo nominal de R$ 1 mil, totalizando R$ 1,450 bilhão.

O conselho de administração da Copel Copel Geração e Transmissão (Copel GT) aprovou a eleição de Thadeu Carneiro da Silva para o cargo de diretor de Operação e Manutenção de Geração e Transmissão da companhia, que é subsidiária da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel). O executivo terá mandato até 2021.

A agência de classificação de riscos S&P Global Ratings afirmou a nota de crédito da Ultrapar em BB+, mas rebaixou os ratings “stand-alone” da companhia para BBB- de BBB. A perspectiva permanece estável.

O conselho de administração do banco Santander aprovou a nomeação de Álvaro Antonio Cardoso de Souza para o cargo conselheiro. Ele substituirá Celso Clemente Giacometti, que deixou o cargo. Os conselheiros também autorizaram a exoneração do diretor-executivo da companhia, José Roberto Machado Filho.