RADAR DO DIA: Arrefecimento sobre coronavírus anima os mercados

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São Paulo – Após dúvidas em relação ao impacto econômico do coronavírus, os mercados ao redor do globo operam majoritariamente em alta de olho em novos estímulos por parte do Banco Central Chinês e pela queda no número de novos casos da doença.

No começo da semana para minimizar os impactos e ajudar o mercado, o Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) cortou a taxa de empréstimos de médio prazo de um ano de 3,25% para 3,15%. O banco injetou 200 bilhões de iuanes (US$ 28,62 bilhões) em liquidez via operações de empréstimos de médio prazo e 100 bilhões de iuanes em fundos através operações de recompra reversa de sete dias.

Os desdobramentos referentes ao Covid-19, nome da doença do novo coronavírus chamam atenção dos investidores. O número de mortes na China causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu em 136, para 2.004, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde do país, em comunicado. Ao todo, 74.185 casos foram confirmados em 31 províncias chinesas, e há 5.248 casos suspeitos

Além disso, existe a expectativa pela divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) que pode trazer volatilidade para os mercados. Ainda na agenda de indicadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará amanhã o Índice Nacional de Preço ao Consumidor – 15 (IPCA 15) referente a fevereiro.

Ontem, o Ibovespa encerrou a sessão em baixa de 0,28%, aos 114.977,29 pontos, refletindo o aumento de temores sobre impactos do surto de coronavírus nos resultados de empresas, depois que a Apple afirmou que não deve cumprir sua previsão de receita em função da epidemia.

Lá fora, por sua vez, os mercados asiáticos fecharam em alta, de olho em possíveis novos estímulos pelo Pboc e queda no número de novos casos do coronavírus. O mercado europeu e os futuros norte-americanos também operam em elevação aguardando novidades sobre o surto e a ata do Fed.

CORPORATIVO

A Gerdau registrou lucro líquido consolidado de R$ 102 milhões no quarto trimestre de 2019, queda de 73,8% ante igual período do ano anterior. Em 2019, o lucro líquido caiu 47,7% e totalizou R$ 1,217 bilhão, na mesma base de comparação.

A Telefônica Brasil obteve lucro líquido contábil caiu 14,3% no trimestre e totalizou R$ 1,274 bilhão na comparação anual. Em 2019, lucro contábil somou R$ 5 bilhões, queda de 44%, na mesma base de comparação.

O lucro líquido da WEG cresceu 49,3% no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 500,4 milhões. Em 2019, lucro líquido soma R$ 1,614 bilhão, alta de 20,6% em comparação ao ano anterior.

A Minerva Foods reverteu prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 243,6 milhões no quarto trimestre de 2019. Em 2019, a empresa também reverteu prejuízo na comparação anual e somou R$ 16,2 milhões.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que investirá R$ 2,011 bilhões em 2020, sendo R$ 1,7 bilhão em distribuição, R$ 95 milhões em geração e R$ 249 milhões em transmissão. Para o período 2020-2024, os investimentos devem somar R$ 10,4 bilhões.

O lucro líquido da Energias do Brasil caiu 4,7% no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 499,293 milhões. O lucro líquido ajustado, que exclui efeitos não recorrentes, foi de R$ 315,952 milhões no período, alta de 25,5% na base anual.

O conselho de administração da WEG reelegeu o diretor presidente, Harry Schmelzer Junior, o diretor de Relações com Investidores, Paulo Geraldo Polezi, o diretor Administrativo e Financeiro, André Luis Rodrigues, além de outros diretores para um mandato de mais dois anos, encerrando em fevereiro de 2022.

A Smiles Fidelidade, empresa de milhagem da Gol Linhas Aéreas, obteve lucro líquido de R$ 179,5 milhões no quarto trimestre de 2019, alta de 9,1% na comparação anual. Em 2019, o lucro líquido da companhia caiu 3% e totalizou R$ 626,7 milhões.

A Ecorodovias reportou lucro líquido de R$ 90,9 milhões no quarto trimestre de 2019, alta de 28,6% ante o mesmo intervalo do ano anterior. No acumulado de 2019, o lucro líquido caiu 26,1% na mesma base de comparação, para R$ 290,4 milhões.

O lucro líquido da Engie Brasil retraiu 18,9% no quarto trimestre de 2019, em comparação com igual período do ano passado, para R$ 617,5 milhões. Em 2019, o lucro líquido somou R$ 2,311 bilhões, queda de 0,2% na comparação anual.

O lucro líquido da administradora de shopping centers Iguatemi foi de R$ 111,8 milhões no quarto trimestre deste de 2019, alta de 47% em relação a igual período do ano passado. A receita líquida subiu 5,4% no período e somou R$ 211,2 milhões na mesma base de comparação.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a associação entre a Raia Drogasil e o Grupo Pão de Açúcar (Companhia Brasileira de Distribuição) para a criação a Stix Fidelidade.