Protestos contra toque de recolher são criminosos, diz premiê da Holanda

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Imagem microscópica do coronavírus
Imagem microscópica do coronavírus causador da covid-19. (Foto: Hannah A Bullock e Azaibi Tamin/CDC)

São Paulo – O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, classificou como criminosos os protestos ocorridos no país contra as medidas de isolamento social adotadas pelo governo para conter a pandemia de covid-19.

“A violência do fim de semana passado é inaceitável e qualquer pessoa normal só pode ficar sabendo dela com horror. Isso não tem nada a ver com protestar ou lutar pela liberdade. É violência criminosa e vamos tratá-la como tal”, disse ele, em sua conta no Twitter

O toque de recolher na Holanda funciona das 21h até as 4h30. Os moradores podem sair de casa apenas em caso de emergência. O Ministério da Saúde do país idsse em nota que a medida é importante “porque o governo está muito preocupado com a disseminação das variantes do coronavírus que são mais infecciosas do que o vírus a que já estamos acostumados.”

“Precisamos impedir estas novas variantes de ganhar vantagem o máximo de tempo que pudermos”, acrescentou o órgão.

Os veículos de imprensa da Holanda reportaram que ontem mais de 200 pessoas foram presas pela polícia em Amsterdã por causa dos protestos contra o toque de recolher, mas que em pelo menos 10 cidades diferentes houve manifestações contrárias à iniciativa. EM quase todos, segundo os veículos, houve confronto dos manifestantes com a polícia.

Na semana passada, as autoridades de saúde do país reconheceram que o número de casos de covid-19 na Holanda estava diminuindo, em parte por causa das medidas de lockdown que foram adotadas no país desde 15 de dezembro e que deveriam durar até 19 de janeiro, mas foram prorrogadas até fevereiro.

No entanto, ponderaram que a introdução de uma variante mais contagiosa do novo coronavírus na população ofuscava a melhora nos indicadores de contaminação e afirmaram que havia duas epidemias diferentes de covid-19 – uma da variante “velha”, cujas contaminações estavam diminuindo, e outra da variante nova, vinda do Reino Unido, que estava crescendo.