Produção industrial fica estável em junho ante maio

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Foto: Anna Shvets / Pexels

São Paulo – A produção industrial brasileira permaneceu estável em junho em relação a maio, depois de ter avançado 1,4% no mês anterior na mesma base de comparação. O resultado ficou abaixo da previsão de alta de 0,30%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.

Já na comparação anual, a produção industrial brasileira registrou o décimo mês consecutivo de alta, avançando 12,00%. O resultado também ficou abaixo da mediana das expectativas, de +12,95%, ainda conforme o Termômetro CMA. Com o resultado, a indústria nacional acumula altas de 6,6% em 12 meses até junho, 22,6% no segundo trimestre de 2021 e de 12,9% no primeiro semestre deste ano.

A abertura do dado mensal mostra que houve retração em 14 das 26 atividades e três das quatro grandes categorias pesquisadas.

Entre as atividades pesquisadas, as principais influências negativas mais importantes vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,8%); celulose, papel e produtos de papel (-5,3%); e produtos alimentícios (-1,3%).

Ainda entre as influências positivas, destacaram-se as atividades de produtos de metal (-2,9%), indústrias extrativas (-0,7%), produtos diversos (-5,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,5%), móveis (-5,2%) e outros produtos químicos (-0,8%).

Já os principais impactos positivos advieram da produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+4,1%); máquinas e equipamentos (+2,9%), outros equipamentos de transporte (+11,0%), de couro, artigos para viagem e calçados (+6,0%) e de impressão e reprodução de gravações (+12,3%).

Enquanto isso, entre as grandes categorias econômicas pesquisadas, ainda em relação a maio, o setor de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,3%) registrou a taxa negativa mais acentuada em junho, apagando parcialmente o avanço de 3,6% registrado em maio, quando interrompeu três meses seguidos de queda. Também registraram resultados negativos os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,6%), na sétima queda mensal seguida, e de bens intermediários (-0,6%), em seu terceiro mês consecutivo de queda.

Já o setor de bens de capital avançou 1,4% em junho, registrando a única taxa mensal positiva de junho e acumulando três meses de ganhos.

Comparação anual – Enquanto isso, no confronto com igual mês do ano anterior, a produção industrial cresceu 12% em junho. Na comparação anual, o setor industrial registrou resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas e em 19 dos 26 ramos pesquisados. O IBGE observa que junho de 2021 teve o mesmo número de dias úteis do mesmo mês do ano anterior, totalizando 21 dias.

Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (+81,5%), máquinas e equipamentos (+52,5%) e metalurgia (+47,7%) exerceram as maiores influências positivas. Na outra ponta, destaque para a queda em produtos alimentícios (-7,3%).

Entre as quatro grandes categorias econômicas, bens de capital (+54,8%) e bens de consumo duráveis (+31%) registraram as altas mais intensas. As categorias foram seguidas por bens intermediários (+10,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (+1,6%).