Produção industrial cresce 1,4% em maio, ligeiramente abaixo das estimativas

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Foto: Yury Kim / Pexels

São Paulo – A produção industrial brasileira cresceu 1,40% em maio em relação a abril, interrompendo três meses consecutivos de queda, mas ficando ligeiramente abaixo da previsão de alta de 1,50%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.

Já na comparação anual, a produção industrial brasileira registrou o nono mês consecutivo de alta, avançando 24,00%. O resultado também veio ligeiramente abaixo da mediana das expectativas, de +24,75%, ainda conforme o Termômetro CMA. Com o resultado, a indústria nacional acumula alta de 4,9% em 12 meses até maio e alta de 13,1% no acumulado do ano.

A abertura do dado mensal mostra que houve expansão em 15 das 26 atividades e duas das quatro grandes categorias pesquisadas.

Entre as atividades pesquisadas, as principais influências positivas mais importantes vieram de produtos alimentícios, com alta de 2,9% depois de queda de 3,2% no mês anterior; coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que avançaram 3,0% e eliminaram parcialmente a perda de 10,0% registrada em abril; e indústrias extrativas, com alta de 2,0% de abril para maio.

Ainda entre as influências positivas, destacaram-se as atividades de metalurgia (+3,2%), outros produtos químicos (+2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+8,0%), bebidas (+2,9%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (+6,2%).

Já os principais impactos negativos advieram de produtos de borracha e material plástico (-3,8%), com perda acumulada de 10,5% em três meses seguidos de queda; máquinas e equipamentos (-1,8%), que eliminou parte da expansão de 2,2% em abril, e produtos têxteis (-6,1%), que acumula 26,5% de perda em cinco meses seguidos de queda.

Enquanto isso, entre as grandes categorias econômicas pesquisadas, ainda em relação a abril, os setores de bens de consumo semi e não-duráveis (+3,6%) e de bens de capital (+1,3%) cresceram em maio, com a primeira delas interrompendo três meses de queda e a segunda crescendo pelo segundo mês seguido.

Já os setores de bens de consumo duráveis (-2,4%) e bens intermediários (-0,6%) recuaram 2,4% e 0,6%, respectivamente. O primeiro registrou a sexta queda seguida e o segundo reduziu a intensidade de queda de 1,1% registrada no mês anterior.

Em base anual, produção industrial tem o segundo maior resultado da série histórica – No confronto com igual mês do ano anterior, a produção industrial cresceu 24,% em maio. Trata-se da segunda taxa mais elevada da série histórica, atrás apenas da registrada em abril (+34,7%). O IBGE tem advertido, entretanto, que a base de comparação é baixa por causa dos impactos da pandemia em 2020.

Na comparação anual, o setor industrial registrou resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas e em 22 dos 26 ramos pesquisados. O IBGE observa que abril de 2021 teve um dia útil a mais que o mesmo mês do ano anterior, totalizando 21 dias.

Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (+216,0%), máquinas e equipamentos (+64,9%), metalurgia (+49,3%), indústrias extrativas (+11,8%) e produtos de minerais não-metálicos (+47,1%) exerceram as maiores influências positivas. Na outra ponta, destaque para as quedas em produtos alimentícios (-4,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%).

Entre as quatro grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (+149,4%) e bens de capital (+76,7%) registraram as altas mais intensas. As categorias foram seguidas por bens intermediários (+18,1%) e bens de consumo semi e não duráveis (+13,2%).