Previsão para Selic em 2021 sobe de 7,00% para 7,25%

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Edifício-sede do Banco Central em Brasília. (Foto: Divulgação/BC)

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão da taxa básica de juros ao fim deste ano em alta, passando de 7,00% para 7,25%. Há um mês, a projeção para a taxa Selic ao fim de 2021 era de 6,63% ao ano.

Para 2022, a previsão para a Selic também foi elevada a 7,25% ao ano, depois de quatro semanas a 7,00%. No que se refere a 2023 e 2024, a previsão para o juro básico foi mantida em 6,50% cada, há 19 e 15 semanas, respectivamente.

Na semana passada, o Copom acelerou o ritmo do aperto monetário em 100 pontos-base, elevando a taxa Selic em 5,25%. Além disso, a autoridade monetária sinalizou a intenção de manter o ritmo de elevação da taxa básica de juro na reunião de setembro com o objetivo de ancorar as expectativas inflacionárias para 2022 e convencer o mercado que não está atrás da curva.

IPCA – Enquanto isso, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano foi elevada pela 18ª vez seguida, passando de 6,79% para 6,88%. Há um mês, a projeção era de +6,11%. Para 2022, a projeção foi elevada pela terceira semana seguida, a 3,85%, de 3,81% na semana passada e 3,71% há um mês. Para 2023, a previsão é mantida em 3,25% há 56 semanas. Já em relação a 2024, a estimativa se manteve em 3% pela segunda semana seguida. 

Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela 18ª vez seguida, passando de 6,88% para 6,94%, de 6,32% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

PIB – Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país se manteve estável, em 5,30%, de 5,26% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico caiu de 2,10% para 2,05%, enquanto para 2023 e 2024 as projeções ficaram em 2,50%, cada, há 127 e 74 semanas, nesta ordem.

Taxa de câmbio – Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2021 se manteve em R$ 5,10, de R$ 5,05 há um mês, enquanto para 2022 permaneceu em R$ 5,20 pela oitava semana. Para 2023 e 2024, a cotação do dólar em relação ao real ficou em R$ 5,00 pelas quarta e oitava semanas, respectivamente.

Saldo comercial – Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 para US$ 69,40 bilhões, de US$ 70,37 bilhões uma semana antes, de acordo com o relatório de mercado Focus.

As projeções foram cortadas em todo o horizonte de estimativas avaliado pelo BC. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo caiu de US$ 63,5 bilhões para US$ 62,8 bilhões. Para 2023 a previsão passou de US$ 60,85 bilhões para US$ 60 bilhões. Já para 2024, a projeção caiu de US$ 60 bilhões para US$ 55,5 bilhões.

Saldo em conta corrente – Já em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 manteve-se em zero; para 2022, a previsão passou de -US$ 14,3 bilhões para -US$ 14 bilhões; para 2023, a projeção passou -US$ 22 bilhões para -US$ 23 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 29,5 bilhões para -US$ 30 bilhões.

Investimento estrangeiro – Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) ficou estável em US$ 53,75 bilhões. Para 2022, a estimativa osciou em queda, de  US$ 67,5 bilhões para US$ 67 bilhões. Para 2023, a estimativa foi mantida em US$ 72 bilhões, enquanto para 2024 a projeção foi reduzida a US$ 75 bilhões, de US$ 78 bilhões uma semana antes.