Previsão para inflação em 2021 sobe pela oitava semana, diz Focus

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São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano pela oitava semana seguida, passando de 3,82% para 3,87%. Há um mês, a projeção era de +3,53%. Para 2022, a previsão oscilou em alta, de 3,49% para 3,50%

Já em 2023 e 2024, as projeções foram mantidas em +3,25%, respectivamente, há 33 e há cinco semanas. Ainda no âmbito da inflação oficial, a estimativa para os próximos 12 meses se manteve em 3,84% após seis semanas seguidas de alta. A projeção era de 3,60% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A projeção para a taxa de câmbio ao fim de 2021 subiu pela segunda vez, passando de R$ 5,05 para R$ 5,10, de R$ 5,01 há um mês. Para 2022, a estimativa subiu de R$ 5,00 para R$ 5,03, após quatro semanas de estabilidade. Já em 2023, a cotação do dólar em relação ao real passou de R$ 4,90 para R$ 5,00, de R$ 4,86 um mês atrás. Enquanto para 2024, o mercado elevou a projeção para o câmbio pela segunda semana, de R$ 4,96 para R$ 5,00, de R$ 4,90 quatro semanas antes.

Em relação às expectativas para a atividade econômica, o mercado financeiro manteve a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano em 3,29%, após três semanas de queda. Há um mês, a projeção era de crescimento de 3,50%. Para os demais anos, de 2022 a 2024, a previsão de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 149, 104 e 51 semanas, respectivamente.

Por fim, a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano foi mantida em 4,00%, de 3,50% há quatro semanas. Para os próximos anos, a taxa seguiu em 5,00% em 2022, pela quinta vez seguida; e em 6,00%, há 18 e 50 semanas, nesta ordem, para 2023 e 2024.

BALANÇA COMERCIAL

Os economistas consultados pelo Banco Central cortaram pela segunda semana seguida a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 de US$ 56,0 bilhões para US$ 55,1 bilhões, depois de alta na semana anterior. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi mantida em US$ 50 bilhões depois de duas altas seguidas, enquanto para 2023 foi de US$ 52,5 bilhões para US$ 57,0 bilhões, na sexta alta seguida. Para 2024, a previsão de superávit comercial passou de US$ 53,0 bilhões para US$ 60,0 bilhões, na quarta alta consecutiva.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou para déficit de US$ 12,0 bilhões, de -US$ 16,0 bilhões na semana anterior; para 2022, a previsão foi reduzida de -US$ 28,8 bilhões para -US$ 19,7 bilhões; para 2023, passou de -US$ 22,3 bilhões para -US$ 20,8 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 37,2 bilhões para -US$ 31,3 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), foi reduzida para todos os anos, sendo de US$ 60 bilhões para US$ 55 bilhões para 2021; de US$ 70 bilhões para US$ 64,4 bilhões para 2022; de US$ 80 bilhões para US$ 70 bilhões em 2023; e de US$ 80,0 bilhões para US$ 71,1 bilhões em 2024.