Previsão para inflação em 2021 sobe pela 12ª semana, diz Focus

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Foto: Mauro Sakamoto / freeimages.com

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano pela décima segunda semana seguida, passando de 4,71% para 4,81%. Há um mês, a projeção era de +3,87%. Para 2022, a estimativa seguiu em 3,51%.

Já em 2023 e 2024, as projeções foram mantidas em +3,25%, respectivamente, há 37 e há nove semanas. Ainda no âmbito da inflação oficial, a estimativa para os próximos 12 meses caiu pela segunda semana, passando de 4,17% para 4,09%, de 3,84% há um mês.

Em relação às expectativas para a atividade econômica, o mercado financeiro revisou para baixo pela quarta semana seguida a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, passando de 3,22% para 3,18%. Há um mês, a projeção era de crescimento de 3,29%. Para 2022, a projeção caiu de 2,39% para 2,34%, de 2,50% quatro semanas antes. Para os demais anos, 2023 e 2024, a estimativa de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 108 e 55 semanas, respectivamente.

A previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano foi mantida em 5,00%, após duas semanas seguidas de alta. Há um mês, o mercado previa 4,00%. Para 2022, a estimativa seguiu em 6,00%, de 5,00% quatro semanas antes. Para 2023, porém, a previsão subiu para 6,50%, após ficar por 21 semanas em 6,00%. Já em 2024, a projeção passou de 6,00% para 6,38%, após 53 semanas de estabilidade.

Por fim, para a taxa de câmbio ao fim de 2021, os analistas elevaram a estimativa de R$ 5,30 para R$ 5,33, de R$ 5,10 há um mês. Para 2022, a estimativa subiu pela quinta vez, de R$ 5,25 para R$ 5,26. Em 2023, a cotação do dólar em relação ao real ficou em R$ 5,00 pela quarta semana, mesma projeção para 2024, em que o mercado seguiu com a aposta de R$ 5,00 pela quarta vez.

BALANÇA COMERCIAL

Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 em US$ 55,0 bilhões pela terceira semana consecutiva. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo subiu de US$ 50,0 bilhões para US$ 50,5 bilhões, após quatro semanas de estabilidade.

Enquanto para 2023, a previsão caiu de US$ 58,5 bilhões para US$ 55,9 bilhões, e em 2024, a projeção caiu para US$ 54,05 bilhões, depois de ficar em US$ 60,0 bilhões por três semanas seguidas.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou para déficit de US$ 12,0 bilhões, de -US$ 11,5 bilhões na semana anterior, na segunda queda seguida; para 2022, a previsão foi mantida em -US$ 19,7 bilhões pela quarta semana; para 2023, passou de -US$ 20,0 bilhões para -US$ 20,85 bilhões, na segunda semana de queda. Já em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes subiu de -US$ 31,1 bilhões para US$ 26,7 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), seguiu em US$ 55,0 bilhões para 2021, mas subiu de US$ 60,0 bilhões para US$ 64,4 bilhões para 2022. Em relação a 2023, a projeção subiu para US$ 68,7 bilhões, de US$ 67,4 bilhões na semana passada, enquanto para 2024 passou de US$ 70,3 bilhões para US$ 70,6 bilhões.