Previsão para inflação em 2021 fica estável e interrompe 12 altas seguidas, diz Focus

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São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) seguiram com a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano em 4,81%, interrompendo 12 semanas seguidas de alta. Há um mês, a projeção era de +3,98%. Para 2022, a estimativa oscilou de 3,51% para 3,52%.

Já em 2023 e 2024, as projeções foram mantidas em +3,25%, respectivamente, há 38 e há 10 semanas. Ainda no âmbito da inflação oficial, a estimativa para os próximos 12 meses caiu pela terceira semana, passando de 4,09% para 3,97%, de 3,84% há um mês.

Em relação às expectativas para a atividade econômica, o mercado financeiro revisou para baixo pela quinta vez seguida a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, passando de 3,18% para 3,17%. Há um mês, a projeção era de +3,26%. Para 2022, a projeção caiu pela segunda semana, de 2,34% para 2,33%, de 2,48% quatro semanas antes. Para os demais anos, 2023 e 2024, a estimativa de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 109 e 56 semanas, respectivamente.

Para a taxa de câmbio ao fim de 2021, os analistas elevaram a estimativa pela segunda vez consecutiva, de R$ 5,33 para R$ 5,35, de R$ 5,15 há um mês. Para 2022, a estimativa oscilou em queda, de R$ 5,26 para R$ 5,25, após cinco semanas de alta. Em 2023 e em 2024, a cotação do dólar em relação ao real seguiu em R$ 5,00, ambos pela quinta semana seguida.

Por fim, a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano foi mantida em 5,00% pela segunda semana. Há um mês, o mercado previa 4,00%. Para 2022, a estimativa seguiu em 6,00% também pela segunda vez, de 5,50% quatro semanas antes. Para 2023, a previsão seguiu em 6,50%, enquanto para 2024, a projeção caiu de 6,38% para 6,25%, de 6,00% há um mês.

BALANÇA COMERCIAL

Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 em US$ 55,0 bilhões pela quarta semana consecutiva. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi elevada pela segunda semana seguida, a US$ 51 bilhões, de US$ 50,5 bilhões na semana passada. Já para 2023 a previsão foi reduzida pela segunda semana, de US$ 55,9 bilhões para US$ 55,54 bilhões. Para 2024, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 54,05 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou para déficit de US$ 12,0 bilhões, de -US$ 11,83 bilhões na semana anterior; para 2022, a previsão foi elevada de -US$ 19,7 bilhões para -US$ 20,4 bilhões; para 2023, passou de -US$ 20,85 bilhões para -US$ 21,0 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 26,7 bilhões para US$ 32,8 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), foi mantida em US$ 55 bilhões para 2021 e reduzida de US$ 64,4 bilhões para US$ 62,2 bilhões para 2022. Em relação a 2023, a projeção foi reduzida para US$ 67,4 bilhões, de US$ 68,7 bilhões na semana passada, enquanto para 2024 caiu de US$ 70,6 bilhões para US$ 67,8 bilhões.