Previsão de alta do IPCA em 2021 sobe pela 7ª vez, a 5,24%, diz Focus

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Foto: Wagner Magni / freeimages.com

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano pela sétima vez seguida, passando de 5,15% para 5,24%. Há um mês, a projeção era de +5,01%. Para 2022, a projeção passou de 3,64% para 3,67%, na segunda alta seguida. Já em 2023 e 2024, a previsão foi mantida em 3,25% em ambos há 45 e 17 semanas, respectivamente.

Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses teve ligeira alta, passando de 4,16% para 4,17%, na quinta semana seguida de alta, de 4,01% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela quinta vez, de 3,45% para 3,52%, de 3,09% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico oscilou em queda, passando de 2,38% para 2,30%, após duas semanas de alta. Enquanto para 2023 e 2024, a projeção permaneceu em 2,50%, cada, há 116 e 63 semanas, nesta ordem.

No que se refere à taxa básica de juros, a projeção para a Selic ao fim deste ano seguiu em 5,50% pela quarta vez consecutiva, mesmo nível de quatro semanas antes. Para 2022, a estimativa seguiu em 6,50%, de 6,13% um mês atrás. Para 2023 e 2024, a previsão para o juro básico foi mantida em 6,50% cada, há oito e há quatro semanas, respectivamente.

Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao fim de 2021 se manteve em R$ 5,30, após duas semanas de queda. Para 2022, a estimativa caiu pela segunda vez, de R$ 5,35 para R$ 5,30, de R$ 5,40 um mês antes. Para 2023, a cotação do dólar em relação ao real seguiu em R$ 5,20 pela terceira semana. Já para 2024, o mercado revisou a projeção para o câmbio de R$ 5,10 para R$ 5,08.

BALANÇA COMERCIAL

Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 a US$ 64,75 bilhões, depois de duas semanas em US$ 64 bilhões. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo mantida em US$ 56,52 bilhões. Já para 2023 a previsão foi elevada a US$ 56,45 bilhões, depois de duas semanas em US$ 55,45 bilhões. Para 2024, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 56,5 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de -US$ 1 bilhão para -US$ 530 milhões; para 2022, a previsão passou de -US$ 20 bilhões para -US$ 15 bilhões; para 2023, a projeção passou de -US$ 30 bilhões, de -US$ 29,5 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes ficou em -US$ 38,70 bilhões pela terceira semana.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) em 2021 foi mantida em US$ 55,01 bilhões pela segunda semana. Para 2022, a projeção permaneceu caiu de US$ 63,5 bilhões para US$ 63 bilhões. Em relação a 2023, a projeção ficou em US$ 66 bilhões, enquanto para 2024 foi mantida em US$ 67 bilhões, ambas pela segunda semana.