Previsão de alta do IPCA em 2021 sobe pela 20ª semana seguida e atinge 7,11%

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Edifício-Sede do Banco Central do Brasil em Brasília. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano pela 20ª vez seguida, passando de 7,05% para 7,11%. Há um mês, a projeção era de +6,56%. Para 2022, a projeção oscilou em alta pela quinta semana seguida, passando de 3,90% para 3,93%, de 3,80% há um mês. Para 2023 a projeção foi mantida em 3,25% pela 58ª semana consecutiva, enquanto para 2024 a estimativa manteve-se em 3,00% pela quarta semana.

Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela vigésima vez seguida, passando de 7,12% para 7,18%, de 6,67% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

PIB – Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro diminuiu a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela segunda semana seguida, de 5,28% para 5,27%, de 5,29% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico diminuiu pela terceira semana seguida, indo de 2,04% para 2,00%, enquanto para 2023 e 2024 permaneceu em 2,50%, cada, há 129 e 76 semanas, nesta ordem.

Taxa Selic – No que se refere à taxa básica de juros, a projeção para a Selic ao final deste ano seguiu em 7,50%, de 7% há quatro semanas. Para 2022 a previsão foi mantida em 7,50%, enquanto para 2023 e 2024, as previsões para o juro básico também foram mantidas em 6,50% cada, há 21 e 17 semanas, respectivamente.

Taxa de câmbio – Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2021 se manteve em R$ 5,10 pela terceira semana seguida e R$ 5,09 há um mês, enquanto para 2022 permaneceu em R$ 5,20 pela décima semana. Para 2023, dólar foi reduzida a R$ 5,03, de R$ 5,05 há uma semana. Para 2024, a projeção foi mantida em R$ 5,00, pela décima semana seguida.

Saldo comercial – Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 para US$ 70 bilhões, de US$ 69,7 bilhões uma semana antes, de acordo com o relatório de mercado Focus.

Para 2022, a estimativa de saldo comercial passou de US$ 62,8 bilhões para US$ 63,5 bilhões. Para 2023 a previsão permaneceu em US$ 60 bilhões pela segunda semana seguida. Já para 2024, a projeção manteve-se em US$ 55,5 bilhões.

Saldo em conta corrente – Já em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 manteve-se em zero pela terceira semana; para 2022, a previsão negativa passou de -US$ 14,30 bilhões para -US$ 14,15 bilhões; para 2023, a projeção passou de -US$ 24,0 bilhões para -US$ 24,5 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes permaneceu em -US$ 35 bilhões.

Investimento estrangeiro – Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) permaneceu em US$ 54 bilhões. Para 2022, a estimativa oscilou em queda, de  US$ 66,99 bilhões para US$ 66,00 bilhões. Para 2023, a estimativa foi reduzida a US$ 70,59 bilhões, de US$ 71,09 bilhões, enquanto para 2024 a projeção foi mantida em US$ 75 bilhões pela segunda semana.