Previsão de alta do IPCA em 2021 sobe de 5,06% para 5,15%

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Edifício-sede do Banco Central em Brasília. (Foto: Divulgação/BC)

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano pela sexta vez seguida, passando de 5,06% para 5,15%. Há um mês, a projeção era de +4,92%. Para 2022, a projeção passou de 3,61% para 3,64%. Para os anos de 2023 e 2024, a previsão é mantida em 3,25% em ambos há 44 e 16 semanas, respectivamente.

Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela quartaa vez seguida, passando de 4,06% para 4,16%, de 3,89% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela quarta semana seguida, de 3,21% para 3,45%, de 3,04% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico oscilou em alta pela segunda semana, passando de 2,33% para 2,38%, enquanto para 2023 e 2024 permaneceu em 2,50%, cada, há 115 e 62 semanas, nesta ordem. 

No que se refere à taxa básica de juros, a projeção para a Selic ao final deste ano seguiu em 5,50% pela terceira vez consecutiva, de 5,25% há quatro semanas. Para 2022, porém, a estimativa passou de 6,25% para 6,50%, de 6,00% um mês atrás. Para 2023 e 2024, a previsão para o juro básico foi mantida em 6,50% cada, há sete e três semanas, respectivamente.

Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2021 caiu pela segunda semana, de R$ 5,35 para R$ 5,30, enquanto para 2022 caiu de R$ 5,40 para R$ 5,35. Para 2023, a cotação do dólar em relação ao real seguiu em R$ 5,20 pela segunda semana. Por fim, para 2024, o mercado manteve a projeção para o câmbio em R$ 5,10.

Saldo comercial – Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 em US$ 64 bilhões pela segunda semana seguida, de acordo com o relatório de mercado Focus.

Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi elevada a US$ 56,52 bilhões, de US$ 55,02 bilhões na semana passada. Já para 2023 a previsão foi mantida em US$ 55,45 bilhões pela segunda semana. Para 2024, a previsão de superávit comercial passou de US$ 55,0 bilhões para US$ 56,5 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de -US$ 1,8 bilhões para -US$ 1 bilhão; para 2022, a previsão passou de -US$ 20,3 bilhões para -US$ 20 bilhões; para 2023, a projeção permaneceu em -US$ 30 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes ficou em -US$ 38,70 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) em 2021 foi mantida em US$ 55,01 bilhões. O mesmo ocorreu nas projeções para os demais anos. Para 2022, a projeção permaneceu em US$ 63,5 bilhões. Em relação a 2023, a projeção ficou em US$ 66 bilhões, enquanto para 2024 foi mantida em US$ 67 bilhões.