Previsão de alta do IPCA em 2021 sobe de 5,01% para 5,04%

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Edifício-Sede do Banco Central do Brasil em Brasília. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano pela quarta vez seguida, passando de 5,01% para 5,04%. Há um mês, a projeção era de +4,81%. Para 2022, a projeção também subiu, oscilando de 3,60% para 3,61%, enquanto para 2023 e 2024, a estimativa para a inflação oficial permaneceu em 3,25%, cada, há 42 e 14 semanas.

Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela segunda vez seguida, passando de 4,01% para 4,04%, de 3,97% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela quarta semana seguida, de 3,09% para 3,14%, de 3,17% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico caiu de 2,34% para 2,31%, enquanto para 2023 e 2024 permaneceu em 2,50%, cada, há 113 e 60 semanas, nesta ordem. 

No que se refere à taxa básica de juros, a projeção para a Selic ao final deste ano seguiu em 5,50%, de 5,00% há quatro semanas. Para 2022, também houve revisão da estimativa, pela segunda vez seguida, passando de 6,13% para 6,25%, de 6,00% um mês atrás, enquanto para 2023 e 2024 a previsão para o juro básico foi mantida em 6,50%, cada, há cinco semana e pela primeira vez, respectivamente.

Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2021 permaneceu em R$ 5,40 pela segunda semana consecutiva, assim como para 2022, de R$ 5,35 e R$ 5,25 há um mês, respectivamente. Para 2023, a cotação do dólar em relação ao real oscilou em alta de R$ 5,17 para R$ 5,20, de R$ 5,00 um mês atrás. Por fim, para 2024, o mercado manteve a projeção para o câmbio em R$ 5,08. 

Saldo comercial – Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 pela quarta semana seguida, a US$ 64 bilhões, de US$ 59 bilhões, de acordo com o relatório de mercado Focus.

Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi elevada pela sexta semana seguida, a US$ 56,50 bilhões, de US$ 54,55 bilhões na semana passada. Já para 2023 a previsão foi elevada a US$ 55,45 bilhões, de US$ 55 bilhões no relatório anterior. Para 2024, a previsão de superávit comercial passou de US$ 55 bilhões para US$ 57 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 permaneceu em -US$ 5 bilhões; para 2022, a previsão manteve-se em -US$ 20,3 bilhões; para 2023, passou de -US$ 32,05 bilhões para -US$ 30 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 39,35 bilhões para -US$ 38,70 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), foi mantida pela sexta semana em US$ 55 bilhões para 2021. Para 2022, a projeção caiu de US$ 65 bilhões US$ 61 bilhões. Em relação a 2023, a projeção foi cortada para US$ 65 bilhões, de US$ 66 bilhões uma semana antes antes, enquanto para 2024 foi mantida em US$ 65 bilhões.