Previsão de alta da Selic em 2021 sobe de 6,50% para 6,63% na pesquisa Focus

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Edifício-Sede do Banco Central do Brasil em Brasília. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão da taxa básica de juros ao fim deste ano em alta, para 6,63% ao ano, de 6,50% na semana passada. Há um mês, a projeção para a taxa Selic ao fim de 2021 era de 6,25% ao ano.

Para 2022, a previsão para a Selic foi revisada em alta pela segunda semana seguida, para 7,00% ao ano, de 6,75% na semana passada. Há um mês, a projeção para a taxa Selic ao fim de 2022 era de 6,50% ao ano. No que se refere a 2023 e 2024, a previsão para o juro básico foi mantida em 6,50% cada, há 15 e 11 semanas, respectivamente.

IPCA – A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano foi elevada pela décima-quarta vez seguida, passando de 6,07% para 6,11%. Há um mês, a projeção era de +5,82%. Para 2022, a projeção foi cortada pela segunda semana seguida, para 3,75%, de 3,77% na leitura anterior e 3,78% há um mês. Para 2023, a previsão é mantida em 3,25% há 52 semanas. Já em relação a 2024, a estimativa foi cortada para 3,16% depois de passar 24 em 3,25%.

Ainda no âmbito do IPCA, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela décima-quarta vez seguida, passando de 6,10% para 6,32%, de 5,85% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

PIB – Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela décima-segunda semana seguida, de 5,18% para 5,26%, de 4,85% há um mês. Para 2022, a previsão de crescimento econômico oscilou em queda pela segunda semana seguida, passando de 2,10% para 2,09%, enquanto para 2023 e 2024 permaneceu em 2,50%, cada, há 123 e 70 semanas, nesta ordem.

Câmbio – A projeção para a taxa de câmbio ao final de 2021 foi elevada de R$ 5,04 para R$ 5,05, de R$ 5,18 há um mês, enquanto para 2022 permaneceu em R$ 5,20 pela quarta semana. Para 2023, a cotação do dólar em relação ao real caiu de R$ 5,05 para R$ 5,00. Por fim, para 2024, o mercado manteve a projeção para o câmbio em R$ 5,00.

Saldo comercial – Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 para US$ 68,70 bilhões, de US$ 68,41 bilhões uma semana antes, de acordo com o relatório de mercado Focus.

Em relação aos anos seguintes, porém, houve corte nas estimativas. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo foi cortada de US$ 60,2 bilhões para US$ 60,0 bilhões. Para 2023 as previsões caíram de US$ 61,46 bilhões para US$ 61,00 bilhões. Já para 2024, a projeção caiu de US$ 62,3 bilhões a US$ 61,6 bilhões.

Conta corrente – Já em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de -US$ 410 milhões para -US$ 270 milhões; para 2022, a previsão passou de -US$ 16 bilhões para -US$ 14,3 bilhões; para 2023, a projeção passou -US$ 23 bilhões para -US$ 21 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 34 bilhões para -US$ 28,5 bilhões.

Investimento estrangeiro – A previsão para o ingresso de recursos externos no âmbito do Investimento Direto no País (IDP) em 2021 foi reduzida a US$ 55 bilhões, de US$ 55,5 bilhões na semana anterior. Para 2022, a estimativa foi cortada de US$ 69 bilhões para US$ 67,45 bilhões. Para 2023 e 2024, as projeções foram elevadas a US$ 74 bilhões e US$ 79 bilhões, de US$ 72,3 bilhões e US$ 77,95 bilhões antes, respectivamente.