Presidente do Senado cobra cumprimento da função social da Petrobras

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). (Foto: Pedro Gontijo / Senado Federal)

Brasília – O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou, nesta segunda-feira, o lucro da Petrobras, ao falar sobre a alta dos preços dos combustíveis no país. Pacheco reiterou que a Petrobras tem de participar das negociações para frear a disparada dos preços, cumprindo sua função social. No ano passado, a empresa teve um lucro de R$ 106,6 bilhões.
“A Petrobras tem hoje uma lucratividade na ordem de três vezes mais que suas concorrentes, dividendos bilionários. Óbvio que é muito bom que isso aconteça, mas não isso pode acontecer sob o sacrifício da população brasileira que abastece seus veículos ou que precisa de transporte coletivo”, afirmou. “Portanto, nós vamos buscar exigir da Petrobras a sua participação enquanto uma empresa que tem participação da União e que tem uma função social”, completou.
Segundo Pacheco, o Congresso Nacional tem promovido discussões sobre o papel da Petrobras na redução do impacto do preço do petróleo no mercado brasileiro de combustíveis. Pacheco destacou ainda a aprovação dos projetos para conter os preços dos combustíveis. O projeto que prevê a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre apenas uma etapa da cadeia dos combustíveis já foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
A segunda proposta, que cria a conta de estabilização dos preços dos combustíveis, já passou pelo plenário do Senado, mas ainda depende de votação na Câmara dos Deputados. Esse texto também amplia o alcance do auxílio gás para 11 milhões de famílias e cria um auxílio para taxistas, motoristas de aplicativos e motoboys.
Sobre uma eventual troca de comando da Petrobras, Pacheco disse que essa uma questão do Poder Executivo e disse acreditar da retidão do presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna. “Nós temos é que trabalhar com ideias, com sugestões, com iniciativas independentes de quem esteja no comando. Eu tenho absoluta convicção da retidão do general que preside a Petrobras, afirmou.
“O que nós esperamos dessa diretoria é que ela tenha a sensibilidade social de uma empresa que tem participação pública e que precisa ter o cumprimento da sua função social. O lucro é muito importante para a empresa, a remuneração dos seus diretores também o é, mas é muito importante que ela possa, eventualmente, reverter esse lucro muito acima da média para a própria população, através de mecanismos próprios para isso”, completou.