Presidente do Fed descarta corte imediato nas taxas, mas indica possibilidade para este ano

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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell / Foto: Fed

São Paulo – O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, descartou nesta quarta-feira a possibilidade imediata de cortes nas taxas na reunião de março do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), mas sugeriu que reduções podem ser consideradas em algum momento deste ano.

Nesta tarde, o Fed anunciou a decisão de manter inalterada a taxa básica de juros dos Estados Unidos na faixa entre 5,25% e 5,5%.

Durante a coletiva de imprensa após o anúncio, Powell destacou que não considera um corte nas taxas como o cenário mais provável para a próxima reunião do Fomc em março. No entanto, ele apontou que cortes são prováveis em algum ponto deste ano, conforme o Fed busca garantir uma trajetória descendente sustentável da inflação em direção à meta de 2%.

O presidente do Fed enfatizou que a instituição financeira abandonou formalmente a orientação que mantinha aumentos nas taxas desde julho do ano anterior. Powell observou que, apesar de seis meses de progresso positivo na inflação, o banco central está adotando uma abordagem cautelosa para avaliar os desenvolvimentos futuros.

Quando questionado sobre o risco de uma reaceleração da inflação, Powell destacou que o maior perigo é a estabilização em um nível acima de 2%. Ele salientou que o Fed está mantendo suas opções em aberto e não está com pressa, enfatizando a importância de observar como os acontecimentos econômicos se desenrolarão.

Sobre a possibilidade de um “pouso suave,” onde a inflação diminui sem desencadear uma recessão, Powell foi cauteloso. “Ainda temos um caminho a percorrer”, disse Powell, já que a inflação principal permanece acima da meta de 2% do banco central. “Estamos encorajados pelo progresso, mas não estamos declarando vitória neste ponto”, completou.