Presidente diz que geração de empregos e combate à inflação são prioridades do governo neste ano

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Presidente Jair Bolsonaro discursa após cerimônia de posse do Ministro de Estado da Cidadania, Joao Roma, e do Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni e sanção da Lei da Autonomia do Banco Central. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Brasília – A geração de empregos e o combate à inflação serão prioridades do governo, neste ano, segundo o presidente Jair Bolsonaro. “Continuaremos o nosso trabalho buscando dar ênfase na geração de empregos e no combate à inflação”, afirmou.
A declaração foi feita no discurso do lançamento do Programa Nacional de Serviço Civil Voluntário, nesta sexta-feira, no Palácio do Planalto. O programa do Ministério do Trabalho e da Previdência é centrado em cursos de qualificação para trabalhadores desempregados combinados com a execução de atividades de interesse público nos municípios participantes.
No evento o presidente fez um rápido balanço de seu governo, destacando medidas adotadas em 2019 que tiveram impacto em 2020, primeiro ano da pandemia, como a lei da liberdade econômica (Lei 13.784/2019). Para Bolsonaro, o governo vem avançando graças a uma equipe técnica e comprometida com o país e ao combate à corrupção. O presidente destacou ainda que o Brasil está entre os países que melhor enfrentaram a pandemia.
“Quando pensavam que, no ano retrasado, perderíamos 10% do PIB, a nossa perda, que foi quase unânime no mundo todo, foi surpreendente. Ficamos na casa dos 4%”, completou.
ATRIBULAÇÕES E INTERFERÊNCIAS
Bolsonaro disse que, nestes três anos de governo, enfrentou “atribulações e interferências”, mas não disse de quem. “Enfrentamos outras atribulações, interferências no Executivo, as mais variadas possíveis. Sempre, da nossa parte, jogando com aquilo que nós temos e com aquilo que nós juramos respeitar por ocasião da nossa posse: a nossa Constituição”, afirmou.
O presidente reiterou críticas a medidas de enfrentamento à pandemia. Conforme Bolsonaro, “políticas equivocadas levaram mais de 38 milhões de pessoas que viviam na informalidade à rua da amargura”. Para amparar esse contingente, de acordo com o presidente, foi criado o auxílio emergencial, que pagou em 2020 o equivalente a 15 anos de Bolsa Família.
No discurso, o presidente voltou a criticar a exigência de comprovante de vacinação no país. De acordo com Bolsonaro, o governo comprou vacinas contra a Covid-19 para atender os anseios da população brasileira. “Sempre respeitando a liberdade de cada um, esse bem maior de todos nós”, completou.
MEDIDA PROVISÓRIA
No evento, Bolsonaro e o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, assinaram a medida mrovisória que institui o Programa Nacional de Serviço Civil Voluntário e o protocolo de intenções com o Sistema S para a execução do programa e qualificação de trabalhadores. A iniciativa, que será desenvolvida em parceria com os municípios, visa amenizar os impactos sociais no mercado de trabalho decorrentes da pandemia.
O programa vai oferecer cursos de qualificação para trabalhadores desempregados, focando nos jovens entre 18 e 29 anos e nos trabalhadores acima de 50 anos que estão fora do mercado há mais de dois anos. Os municípios que optarem por participar do programa irão se encarregar da organização local das atividades de interesse público e do pagamento da bolsa qualificação. O programa terá duração até 31 de dezembro de 2022.