Prejuízo líquido piora 4,3 vezes no terceiro trimestre

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Por Allan Ravagnani

São Paulo – A Oi registrou prejuízo líquido de R$ 5,747 bilhões no terceiro trimestre de 2019, uma alta de 4,3 vezes – ou 330% – ante o prejuízo de R$ 1,336 bilhão aferido no mesmo período de 2018, impactado principalmente pelo aumento nos investimentos, queda na receita de voz e desvalorização cambial, que aumentou o custo da operação.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 979 milhões, uma queda de 32% ante o terceiro trimestre de 2018.

A receita líquida total atingiu R$ 45,001 bilhões, uma queda de 8,8% em base anual impactada pela queda do tráfego de voz. A receita líquida de serviços foi de R$ 4,955 bilhões queda de 8,6%, com residencial caindo 13,5%, mobilidade pessoal caiu 2,2% e B2B queda de 7,9%.

Os investimentos (Capex) consolidados totalizaram R$ 2,065 bilhões, aumento de 35,3% no comparativo anual e em linha com o trimestre anterior. As operações brasileiras totalizaram R$ 2,060 bilhões no período, apresentando alta de 37,1% em relação ao terceiro tri do ano passado e em linha com o trimestre anterior.

O crescimento do Capex no ano de 2019, superior em 45,5% quando comparado ao acumulado de 2018, reflete a aceleração dos investimentos previstos no Plano de Estratégico da Companhia, com foco principal na expansão de FTTH, oferecendo banda larga de alta velocidade, além da expansão da cobertura móvel 4G e 4,5G.

Segundo a empresa, o plano de expansão da Fibra é a principal alavanca para a reversão da trajetória da receita do segmento residencial. No trimestre, a Oi aumentou os investimentos em fibra para levar banda larga de alta velocidade até a casa do cliente, dando sequência à estratégia de rentabilizar o segmento, no projeto de expansão de Fibra (FTTH).

Ao final de setembro a companhia alcançou 3,6 milhões de Homes Passed e mais de 408 mil Homes Connected. A empresa também registrou 13.532 mil UGRs no segmento residencial, uma queda anual de 10,8% em comparação ao terceiro trimestre do ano passado e de 3,4% em relação ao trimestre anterior, devido principalmente à redução da base de telefonia fixa, seguindo a tendência natural do mercado de redução do uso de voz e da base de banda larga cobre.

O ARPU do segmento residencial foi de R$ 79,2 no trimestre, queda anual de 1,2%. A variação trimestral foi positiva em 0,4%, impulsionada pelo crescimento do ARPU de Banda Larga e de TV paga no período.

As provisões para devedores duvidosos totalizaram R$ 160 milhões, com aumento de 1,3% na comparação anual. Na comparação sequencial, as provisões para devedores duvidosos foram 22,3% maiores em função de um aumento nos níveis de inadimplência.