Prefeitura suspende alvarás da Vale após morte em Brumadinho

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Divulgação: barragem de mineração

São Paulo – A Prefeitura de Brumadinho (MG) suspendeu os alvarás de funcionamento e localização da Vale e de suas empresas terceirizadas na mina Córrego do Feijão, após a morte de um empregado da Vale Verde devido a um deslizamento na mina na última sexta-feira (18).

Segundo o decreto 210 da Prefeitura, assinado pelo prefeito Avimar de Melo Barcelos, a medida vale por sete dias (a partir do dia 18) “ou até que sejam esclarecidos os fatos do acidente ocorrido e que sejam garantidas as condições de segurança para os trabalhadores que atuam no local”.

O decreto lembra a tragédia ocorrida há quase dois anos, no dia 25 de janeiro de 2019, na mesma mina, quando o rompimento de uma barragem levou à morte de cerca de 270 pessoas, no que foi considerado o maior acidente de trabalho e um dos maiores desastres ambientais do Brasil.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Vale lamentou a morte do empregado da empresa terceirizada Vale Verde. Segundo a companhia, o trabalhador estava em uma escavadeira e realizava atividades de manutenção quando foi atingido por um deslizamento de terra de talude da cava paralisada.

“A Vale, juntamente com a empresa contratada, dará apoio aos familiares do empregado. As empresas estão apoiando as autoridades no atendimento ao caso e na apuração das causas do acidente”, afirmou a companhia.

Segundo a mineradora, as atividades de manutenção no local foram suspensas para novos estudos e avaliações das condições de segurança.