Pompeo diz que EUA reagirão a qualquer ameaça vinda da China

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São Paulo – Os Estados Unidos estão prontos para reagir a qualquer ameaça ou ação desestabilizadora da China, disse o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, durante uma live promovida pela rede The Hill.

“A China não quer mais falar em cooperação, infelizmente. [O presidente chinês] Xi Jinping disse que não militarizaria o Mar do Sul da China em declarações nos jardins da Casa Branca há alguns anos e veja o que ele está fazendo agora. A China representa riscos para o mundo e os Estados Unidos responderão a altura desse comportamento”, afirmou ele.

No início da semana, Pompeo já havia rejeitado as reivindicações territoriais da China sobre o Mar do Sul da China. Na ocasião dele disse que Washington procura preservar a paz na região, defender a liberdade dos mares de acordo com a lei internacional e se opõe a qualquer tentativa de usar a força para resolver disputas.

Na live, o secretário norte-americano disse ainda que a China certamente será o maior desafio do segundo mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – que concorre à reeleição em 3 novembro deste ano.

“O Partido Comunista chinês já era nosso maior desafio no primeiro mandato e continuará sendo”, afirmou ele. “A China pratica um comércio internacional injusto, rouba propriedade intelectual, desrespeita autonomias e acordos territoriais”, acrescentou.

Pompeo também voltou a acusar Pequim de obstruir a resposta mundial ao novo coronavírus, que foi detectado pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, em dezembro do ano passado.

“A China impede que qualquer um tenha acesso a informações sobre o vírus. O Partido Comunista Chinês esconde informações e barra o acesso internacional aos laboratórios”, disse ele. “Não sabemos se o vírus foi realmente fabricado na China, mas sabemos que eles não dão acesso para que uma resposta seja encontrada”, acrescentou.

Pompeo afirmou ainda que Pequim paga o preço por seu comportamento, sugerindo que as sanções e banimentos de empresas chinesas dos Estados Unidos e de outros países prejudica a economia do país, a segunda maior do mundo.

A escalada de tensão entre os dois países ganhou força depois que ontem, o presidente norte-americano, Donald Trump, suspendeu o tratamento especial dado a Hong Hong e sancionou lei autorizando a imposição de sanções sobre a China.