Política monetária apoia emprego e inflação, diz Powell

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São Paulo – O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, disse que a política monetária do país está bem posicionada, sinalizando que deve permanecer inalterada por algum tempo.

“A política monetária está agora bem posicionada para apoiar um forte mercado de trabalho e retornar a inflação decisivamente a nossa meta simétrica de 2%. Se a perspectiva mudar materialmente, a política também mudará”, disse Powell, em discurso realizado ontem em um evento em Rhode Island.

“Neste ponto da longa expansão, vejo o copo como mais do que meio cheio.

Com as políticas certas, podemos preenchê-lo ainda mais, aproveitando os ganhos até agora e espalhando os benefícios de maneira mais ampla a todos os norte-americanos”, acrescentou.

Segundo ele, o crescimento econômico do país parecia robusto no início do ano, mas enfrentava riscos devido ao enfraquecimento da economia global e de incertezas relacionadas ao comércio. Além disso, “pressões inflacionárias se mostraram inesperadamente fracas neste ano”, e a taxa de inflação está abaixo da meta de 2%.

Assim, para garantir alguma segurança ante os riscos e manter a economia norte-americana forte, o Fed agiu realizando três cortes de juros este ano, disse Powell, para a faixa entre 1,50% e 1,75%.

“Os efeitos completos dessas ações de política monetária serão sentidos ao longo do tempo, mas acreditamos que eles já estão ajudando a apoiar os sentimentos dos consumidores e das empresas e aumentando os gastos em setores sensíveis aos interesses, como habitação e bens de consumo duráveis”, disse ele, acrescentando que as condições econômicas estão boas em geral.

Por fim, ele disse que a atual postura da política monetária “provavelmente permanecerá apropriada” se dos dados econômicos permanecerem consistentes com crescimento econômico moderado, mercado de trabalho forte e inflação próxima à meta de 2%.

“É claro que, se surgirem desenvolvimentos que causem uma reavaliação material de nossas perspectivas, responderíamos de acordo. A política não está em um curso pré-definido”, cobncluiu.

Cristiana Euclydes / Agência CMA