PIB dos EUA cresce 4,0% no quarto trimestre de 2020 em taxa anualizada

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Foto: Casa Branca

São Paulo, 28 de janeiro de 2021 – O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 4,0% no quarto trimestre de 2020 em relação ao trimestre imediatamente anterior em termos anualizados, de acordo com a leitura preliminar divulgada pelo Departamento do Comércio do país.

O dado ficou abaixo das previsões dos analistas, que esperavam alta de 4,3%. O indicador mostra que o crescimento econômico desacelerou em relação ao terceiro trimestre, quando o PIB norte-americano cresceu 33,4% em base anualizada.

A alta no PIB no quarto trimestre reflete aumentos nas exportações, em investimento fixo não residencial, fastos pessoais, investimento fixo residencial e investimento em estoque privado, o que foi parcialmente compensado ​​por reduções nos gastos dos governos estaduais e locais e gastos do governo federal. As importações, que são subtraídas do cálculo do PIB, aumentaram.

Segundo o Departamento do Comércio, “o aumento do PIB do quarto trimestre refletiu tanto a recuperação econômica continuada das quedas acentuadas no início do ano e o impacto contínuo da pandemia de covid-19, incluindo novas restrições e fechamentos que entraram em vigor em algumas áreas dos Estados Unidos”.

Os gastos pessoais com consumo tiveram alta de 2,5% no quarto trimestre em base anualizada, desacelerando após o aumento de 41,0% no terceiro trimestre. Os investimentos perderam força, passando de 86,3% para 25,3%, enquanto o total de gastos públicos caiu 1,2%, após a queda de 4,8% no terceiro trimestre.

O índice de preços para os gastos pessoais (PCE), usado pelo banco central norte-americano como referência para inflação, subiu 1,5% no quarto trimestre em base anualizada, após alta de 3,7% no terceiro trimestre. O núcleo do PCE, que exclui do cálculo preços de alimentos e energia, teve alta de 1,4%, após aumento de 3,4% nos três meses anteriores.

Em 2020 como um todo, o PIB caiu 3,5%, após a alta de 2,2% em 2019. A queda reflete diminuições nos gastos pessoais, exportações, investimento em estoque privado, investimento fixo não residencial e governos estaduais e locais, o que foi parcialmente compensado por aumentos nos gastos do governo federal e investimento fixo residencial. As importações diminuíram.