Petrobras vende concessão do Polo Potiguar por US$ 1,8 bilhão

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Foto divulgação: Petrobras

São Paulo –  O Conselho de Administração da Petrobras, aprovou a venda da totalidade de sua participação em um conjunto de 22 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, juntamente à sua infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural, localizadas na Bacia
Potiguar, no estado do Rio Grande do Norte – RN, denominados conjuntamente de Polo Potiguar, para a empresa 3R Potiguar subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás.
O valor total da venda é de US$ 1,38 bilhão, sendo US$ 110 milhões pagos na data de assinatura do contrato de compra e venda; US$ 1,04 bilhão no fechamento da transação e US$ 235 milhões que serão pagos em 4 parcelas anuais de US$ 58,75 milhões, a partir de março de 2024.
Os valores não consideram os ajustes devidos até o fechamento da transação, que está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“A Petrobras segue concentrando cada vez mais os seus recursos em ativos em águas profundas e ultraprofundas, onde tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos, produzindo óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa”, diz a companhia em comunicado.
POLO URUCU
A Eneva e a Petrobras encerraram, sem acordo, as negociações para venda do Polo Urucu, na Bacia de Solimões, no Amazonas, pela estatal, que haviam se iniciado em fevereiro de 2021, conforme comunicados das companhias divulgados na sexta-feira (28).
“Apesar dos esforços envidados por ambas as empresas nesse processo, ao longo da negociação, não foi possível convergir para um acordo em certas condições críticas, optando-se pelo encerramento das negociações em curso, sem penalidades para nenhuma das partes. Dessa maneira, a Petrobras decidiu encerrar o atual processo competitivo e avaliará as melhores alternativas para essas concessões”, disse a estatal.
“Apesar dos esforços envidados pelas partes durante esse processo, ao longo da negociação, não foi possível convergir para um acordo. Com isso, as partes optaram por encerrar as negociações em curso, sem penalidades para nenhuma das partes”, comentou a Eneva.
A Eneva disse que iniciou sua atuação na região amazônica com a aquisição do campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, em 2018. Em 31 de dezembro de 2018, as reservas (2P) de gás natural do campo de Azulão eram de 3,6 bilhões de metros cúbicos (bcm) e, desde então, ampliou sua área sob concessão na região, com a aquisição de três blocos exploratórios na Bacia do Amazonas e da área de Juruá, na Bacia do Solimões.
“Em 31 de dezembro de 2021, as áreas sob concessão da Eneva nas bacias do Amazonas e Solimões possuíam, em conjunto, 7,1 bcm em reservas (2P) e 24,3 bcm em recursos contingentes (P50) de gás natural”, acrescentou a empresa.
A companhia disse que fortaleceu seu time dedicado a estudar alternativas logísticas para ampliação da capacidade de escoamento do gás produzido, priorizando a monetização dos volumes já conhecidos e sob sua concessão por meio da destinação do gás para novas usinas termelétricas e por meio do desenvolvimento de rotas de comercialização e que continuará envidando esforços para ampliar sua atuação na região norte do País, buscando novas oportunidades de negócios.
RESERVAS PROVADAS
A Petrobras informou na sexta-feira (28) que suas estimativas para reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, somaram 9,88 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) ao final de 2021. Deste total, 85% corresponde a óleo e condensado, e 15% a gás natural. O cálculo segue os critérios da Securities and Exchange Comission (SEC, órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários nos Estados Unidos), reguladora do mercado de capitais dos EUA.
Segundo o comunicado, a companhia realizou, no ano passado, a maior adição de reservas de sua história (1,97 bilhão de boe), o que representa a reposição de 219% da produção do ano, já considerando desinvestimentos.
“Foram adicionadas reservas, principalmente, em função do avanço no desenvolvimento do campo de Búzios, decorrente da aquisição do excedente da cessão onerosa e assinatura do acordo de coparticipação, além de investimentos em novos projetos para aumento da recuperação em campos das Bacias de Santos e Campos e apropriações pelo bom desempenho dos reservatórios”, disse a Petrobras.