Petrobras manterá PPI e política de dividendos durante eleições

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São Paulo – O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, e a diretoria executiva da estatal, garantiram que manterão, durante as eleições presidenciais no Brasil em 2022, a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que considera as variações cambial e da cotação do petróleo internacional nos reajustes dos combustíveis, e de pagamento de dividendos.

“A companhia está muito sólida, embora seja uma estatal, tem capital misto e tem acionistas que entendem o seu funcionamento. Não há risco de não entregarmos o que prometemos, então, mantemos nosso compromisso com os investidores com a entrega de nossa política”, disse o executivo em resposta a questionamento de analistas em encontro anual com investidores na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês).

Os executivos reforçaram que a governança da companhia está blindada a potenciais riscos de intervenção política. “A companhia é orientada pelo mercado e tem controles para proteger a companhia de interferências políticas”, ressaltaram os executivos.

A diretoria executiva da empresa também disse que o cumprimento da política de dividendos está garantido, mesmo considerando um cenário econômico mais desafiador, disse o diretor Rodrigo Araújo, que considera que o nível de caixa atual está adequado, considerando o cenário para os próximos anos, e que poderá fazer ajustes, caso necessário, sem detalhar quais.

Já em relação à venda de ativos, a administração da empresa disse que, em relação à Refinaria Abreu e Lima (RNEST), deve definir em breve uma nova data para a venda com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), anteriormente prevista para até o fim de 2022.

“No próximo processo poderemos mudar a estratégia para balancear isso. Agora nós acordamos com o Cade um novo cronograma para vender a Rnest”, disse Cláudio Mastella, diretor de vendas e logística da Petrobras.

Ontem, a companhia disse, em comunicado, que os interessados pelo ativo declinaram de apresentar proposta vinculante, o que levou a companhia a encerrar o processo de venda, e que não há, neste momento, nenhuma data acordada com o Cade para conclusão da venda.