Petrobras lança novos modelos contratuais para venda de gás natural

438
Refinaria Henrique Lage (Revap). (Foto: Ehder de Souza/Agência Petrobras)
Refinaria Henrique Lage (Revap). (Foto: Ehder de Souza/Agência Petrobras)

São Paulo – A Petrobras aprovou novos modelos contratuais para venda de gás natural às distribuidoras. A companhia vai oferecer além das modalidades hoje existentes, indexadas ao preço do petróleo tipo Brent, uma alternativa de precificação com menor volatilidade, sem abrir mão do alinhamento com os preços internacionais.

Segundo a estatal, o novo modelo será indexado aos preços do Henry Hub, uma referência amplamente utilizada e que serve de benchmark para novos projetos de liquefação nos EUA. A nova fórmula ainda será negociada com clientes, e não necessariamente implicará impactos materiais nos preços. Além disso, não haverá mudanças na parcela de transporte do preço do gás.

A Petrobras também explica que os novos produtos privilegiarão a contratação de base do consumo, tendo como diferenciais opções de prazos contratuais, tendo inclusive a alternativa de contratos com prazo mais alongado, menor flexibilidade de consumo e, em contrapartida, condições de preço mais favoráveis que os atuais produtos da carteira da Petrobras.

Os produtos também permitirão maior liberdade de escolha aos clientes, na medida em que apresentam diferentes indexações da parcela da molécula, com duas opções deste parâmetro, sendo uma com um indexador gás-gás (Henry Hub) e outra ao petróleo Brent. A escolha poderá ser feita a critério do cliente, atendendo a demanda do mercado por mais flexibilidade nas fórmulas de preço. A fórmula de precificação será anunciada tão logo sejam concluídas as negociações comerciais.

Com o mercado de gás natural no Brasil em processo de abertura, incentivando a competição e a entrada e consolidação de novos atores em todos os elos da cadeia de valor. A Petrobras diz que oferecerá aos clientes a opção de fazer uma melhor gestão de portfólio de compras de gás, não apenas com relação à formação dos preços, mas também quanto aos prazos contratuais, na medida em que poderão selecionar horizontes de 6 meses e de 1 a 4 anos, de forma mais aderente às suas necessidades.

A carteira de produtos ofertados permitirá que os clientes possam compatibilizar sazonalidades de consumo e atender oportunidades pontuais de menor prazo (produtos de 6 meses ou 1 ano) e contratar produtos de base por um prazo um pouco maior, com maior estabilidade de consumo.