Petrobras atinge metas de produção de 2021 de óleo, gás e LGN

493

São Paulo – A Petrobras atingiu suas metas de produção estabelecidas para o ano de 2021 com a realização de 2,22 milhões de barris por dia (MMbpd) de óleo e líquido de gás natural (LGN), que ficou 4% acima dos 2,21 MMbpd propostos, 2,46 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed) de óleo, LGN e gás comercial (+4% de 2,43 MMboed) e 2,77 MMboed de óleo e gás total (+4% da meta de 2,72 MMboed).
Em fato relevante, a companhia citou como destaques do ano passado: -o início de produção do FPSO Carioca, primeira plataforma no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos; – a produção própria no pré-sal, que totalizou 1,95 MMboed em 2021, representando 70% da produção total da Petrobras; – a assinatura e início da vigência do acordo de coparticipação do campo de Búzios, que regula a coexistência do Contrato de Cessão Onerosa e do Contrato de Partilha de Produção do Excedente da Cessão Onerosa para o campo – a conclusão da venda da totalidade de sua participação nos campos marítimos de Frade, na Bacia de Campos, e Lapa, no pré-sal da Bacia de Santos, dos Polos terrestres Rio Ventura, Miranga e Remanso, na Estado da Bahia, e Cricaré, no Estado do Espírito Santo, além dos campos terrestres de Dó-Ré-Mi eRabo Branco, no Estado de Sergipe.
“O alcance desse resultado demonstra o compromisso da Petrobras com o cumprimento das suas metas que vêm sendo alcançadas com a manutenção do foco de atuação nas suas atividades em ativos em águas profundas e ultraprofundas, onde tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos, produzindo óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa”, disse a companhia.
METAS PARA 2022 REVISADAS
A Petrobras revisou a meta de produção de óleo e gás para 2022 para refletir o efeito do resultado da 2 Rodada de Licitações do Excedente da Cessão Onerosa no Regime de Partilha de Produção, em continuidade ao comunicado divulgado em 17 de dezembro de 2021.
Com o início de vigência do Regime de Partilha de Produção em Atapu e Sépia previsto para o início de maio de 2022, as participações de cada parte nas jazidas compartilhadas, incluindo as parcelas do Contrato de Cessão Onerosa e dos Contratos de Concessão, passarão a ser:
– Atapu: Petrobras (operadora), 65,69%, Shell 16,66%; TotalEnergies EP, 15,00%; Petrogal Brasil, 1,07%; e Pré-sal Petróleo (PPSA), 0,95%.
– Sépia: Petrobras (operadora), 55,30%, TotalEnergies EP, 16,91%; Petronas, 12,69%; QP Brasil, 12,69% e Petrogal Brasil, 2,41%.
A estatal disse que o início da partilha de produção dos FPSOs P-70 e Carioca, em operação nos campos de Atapu e Sépia, respectivamente, impactará a sua meta de produção divulgada no Plano Estratégico de 2022-26.
“No ano de 2022, teremos uma redução no valor de 70 Mboed para a produção total de óleo e gás, e a alteração da faixa de 2,7 MMboed para 2,6 MMboed com variação de 4% para mais ou para menos. A produção de óleo e produção comercial tiveram um impacto de cerca de 60 Mboed,mas permaneceram com as mesmas faixas, respectivamente, 2,1 MMbpd e 2,3 MMboed, com variação de 4% para mais ou para menos.”
Para o período de 2023 a 2026, o impacto médio estimado para a produção é uma redução de 0,1 MMboed.
Para Atapu, a Petrobras receberá a compensação antes do “gross up”, no valor de US$ 1,5 bilhão, até 15 de abril de 2022. No caso de Sépia, o montante é de US$ 2,2 bilhões e a data de recebimento ainda está em negociação com o consórcio da partilha.
Já a parcela do bônus devido pela Petrobras para os dois campos, no valor de R$ 4,2 bilhões,deverá ser pago no 1T22.
Com relação aos investimentos de 2022, a companhia manteve a previsão divulgada de US$ 11 bilhões e disse que, ao longo deste ano, serão discutidos com os parceiros e PPSA os Planos de Desenvolvimento para a produção dos volumes excedentes em Atapu e Sépia, que devem incluir a implantação de um novo sistema de produção em cada campo. “Esses ajustes serão refletidos e divulgados no Plano Estratégico 2023-27”, finalizou.