Para Mnuchin, nova rodada de estímulos fica para depois da eleição

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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin. Foto: Stephen Jaffe/ FMI

São Paulo – Uma nova rodada de estímulos tem poucas chances de acontecer antes das eleições de 3 de novembro, segundo o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, que nesta manhã conversou por mais de uma hora com a presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi.

“Acho difícil que um entendimento seja alcançado antes das eleições, mas as negociações continuam. Seguimos empenhados em buscar um terreno comum com os democratas para seguir apoiando a economia a superar a crise”, disse ele em entrevista para a rede CNBC.

Ontem, o líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, havia alertado sobre a baixa probabilidade de um pacote amplo de estímulos ser aprovado antes das eleições presidenciais do próximo mês. Na ocasião, ele disse que os senadores votariam medidas de apoio menores já na próxima semana.

Na manhã de hoje, Mnuchin e Pelosi tentaram um entendimento. De acordo com o assessor da democrata, Drew Hammill, a conversa entre o secretário do Tesouro e a presidente da Câmara aconteceu em resposta às propostas enviadas pela Casa Branca no fim de semana.

Nas discussões de hoje, segundo Hammill, “os dois passaram um tempo buscando esclarecimentos sobre a linguagem, o que foi produtivo”, mas as diferenças ainda permanecem.

A Casa Branca apresentou uma proposta de estímulos de US$ 1,8 trilhão para a oposição. Embora seja maior do que a oferta anterior, de US$ 1,6 trilhão, ainda segue abaixo do projeto de lei aprovado pela Câmara, de US$ 2,2 trilhões.