Opep+ aprova manutenção de cortes de produção de petróleo até abril

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Foto: Troy Stoi/ freeimages.com

São Paulo – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, conhecidos como Opep +, concordaram em manter os atuais níveis de produção até abril, com exceção da Rússia e do Cazaquistão, de acordo com comunicado divulgado pelo cartel após reunião por videoconferência.

“Os ministros aprovaram a continuação dos níveis de produção de março para o mês de abril, com exceção da Rússia e do Cazaquistão, que terão permissão para aumentar a produção em 130 mil barris por dia (bpd) e 20 mil bpd, respectivamente, devido à continuidade dos padrões de consumo sazonal”, diz a nota.

“Os ministros também elogiaram a Arábia Saudita pela ampliação dos ajustes voluntários adicionais de 1 milhão de bpd para o mês de abril de 2021, exemplificando sua liderança e demonstrando sua abordagem flexível e preventiva”.

A Opep+ “reconheceu a melhora recente no sentimento do mercado pela aceitação e implementação de programas de vacinas e pacotes de estímulo adicionais nas principais economias, mas alertou todos os países participantes para permanecerem vigilantes e flexíveis, dadas como condições de mercado incertas”.

Conforme acordado em janeiro, os países da Opep+ retiraram 7,125 milhões de barris por dia (bpd) do mercado em fevereiro e 7,05 milhões de bpd em março, sendo a Rússia e o Cazaquistão os únicos países que podem aumentar a produção. Para compensar esse aumento, a Arábia Saudita fez um corte voluntário extra de 1,0 milhão de bpd em fevereiro e março.

Na reunião virtual de hoje, os ministros também analisaram dados de oferta de fevereiro, e elogiaram o desempenho positivo dos países, com conformidade geral com a decisão original de 103%. Desde a reunião de abril de 2020, a Opep+ reteve 2,3 bilhões de bpd até o final de janeiro de 2021, “acelerando o reequilíbrio do mercado de petróleo”.

Os ministros também agradeceram à Nigéria por alcançar a conformidade total em janeiro de 2021 e compensar todos os seus volumes produzidos em excesso, ao mesmo tempo em que estenderam o prazo de compensação para os países que ainda não o fizeram até ao final de julho de 2021.