Norte-americanos esperam disparada da inflação, releva pesquisa

399
Foto: Grabowska/Pexels

São Paulo – Os norte-americanos esperam uma disparada da inflação nos Estados Unidos no próximo ano, impulsionada pelo aumento de preços de imóveis, combustíveis e alimentos, relevou uma pesquisa sobre expectativas dos consumidores realizada pela unidade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York referente ao mês de maio.

Segundo o levantamento, os norte-americanos esperam que a inflação atinja 4,0% em um ano na comparação com a expectativa de 3,4% em abril. No horizonte de três anos, a expectativa é que a inflação alcance 3,6% ante os 3,1% de abril.

A sondagem mostrou ainda que em um ano os preços dos alimentos e aluguéis devem estar 8,0% e 9,7% mais altos e em níveis máximos, enquanto a gasolina estará quase 10,0% mais cara e o preço dos imóveis devem subir 6,2%, também em seu máximo da série, ante 5,5% de abril.

A pesquisa da unidade de Nova York é divulgada antes do início da reunião de política monetária do Fed de dois dias, que começa amanhã. Junto com a decisão, o banco central norte-americano divulgará as projeções e a expectativa dos economistas é que as estimativas para a inflação sejam elevadas.

Em abril, o índice de preços para os gastos pessoais (PCE) subiu 0,6% em abril na comparação mensal, depois de registrar a mesma alta em março. Na comparação anual, o índice subiu 3,6% em abril, após uma alta de 2,4% em março. O PCE é o indicador usado pelo banco central dos Estados Unidos (Fed) como referência para medir a inflação.

O núcleo do PCE, que exclui do cálculo os preços de alimentos e energia, subiu 0,7% em termos mensais e subiu 3,1% em termos anuais em abril, após a alta de 0,4% registrada em março em base mensal e de 1,9% em base anual.

A reabertura da economia graças ao processo acelerado de vacinação contra a covid-19 nos Estados Unidos somado a um gargalo de oferta tem provocado uma dispara de preços no país. Esse aumento tem alimentado especulações de que o Fed pode ser forçado a elevado a taxa de juros – hoje perto de zero – antes do previsto. Membros do banco central, no entanto, têm reafirmado o compromisso com a acomodação monetária.