Mnuchin diz que governo está disposto a oferecer mais em pacote de ajuda

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São Paulo – O governo de Donald Trump quer retomar as negociações sobre mais uma rodada de ajuda ao novo coronavírus e, para isso, está disposto a oferecer mais recursos para que uma legislação bipartidária sobre o assunto seja aprovada pelo Congresso, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, em entrevista para a rede CNBC.

“O presidente está determinado a gastar o que for preciso. Estamos preparados para colocar mais dinheiro na mesa”, disse Mnuchin, que lidera, junto com o chefe de gabinete, Mark Meadows, as negociações do lado do governo.

O secretário norte-americano não mencionou quando seriam retomadas as discussões com a presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, e o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, depois que as negociações foram interrompidas na sexta-feira, mas disse que a oposição estava realmente disposta a se comprometer com uma ajuda.

“Existem muitos pontos de convergência entre nós. Pelosi falou que a ajuda destinada na proposta original para alimentação era pouca e reconhecemos isso. Ela estava certa, oferecemos pouco e já nos dispusemos a compensar esse ponto”, afirmou Mnuchin.

Ele, no entanto, continuou se mostrando contra ajudar estados e municípios endividados antes da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. “Não é certo querer ajudar com esse pacote os governos locais mal geridos, mas não estamos presos à proposta de US$ 1 trilhão”, disse.

Sobre o decreto assinado por Trump para fornecer alívio enquanto uma legislação bipartidária não é aprovada, Mnuchin afirmou: “o presidente não podia ficar parado esperando, sem ajudar as pessoas. Ele precisava seguir adiante com alguma coisa”.

No sábado, o presidente norte-americano assinou um decreto que autoriza a extensão do benefício a desempregados de US$ 400 por semana, abaixo do valor anterior de US$ 600 que venceu há dez dias, com 75% de financiamento do governo federal.

A questão do auxílio aos desempregados é a principal divergência entre os republicanos e democratas no Congresso. Em sua proposta inicial, os republicanos do Senado ofereceram uma ajuda de US$ 200, que foi rejeitada pela oposição.