Ministro da Argentina descarta calote e reconhece adaptação em metas do FMI

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Martín Guzmán/Prensa Ministerio de Economía

São Paulo – O ministro da Economia da Argentina, Martin Guzmán, negou novamente que o governo esteja se preparando para um calote em moeda local e destacou a reconstrução do mercado da dívida pública que lhes permitiu financiar políticas públicas. Além disso, ele reconheceu que o FMI considera ajustes trimestrais nas metas anuais.

Numa entrevista, Guzmán defendeu o projeto de um novo imposto de renda e disse que apenas 350 empresas que ganham mais de US$ 1 bilhão são aquelas alcançadas pela alíquota.

Por outro lado, ele negou que existam 165 impostos, mas 28 no total, ao mesmo tempo em que explicava que há 12 que acumulam 94% da arrecadação nacional total.

Sobre a queda dos títulos e o aumento do Risco do país, Guzmán disse que “nunca devemos parar de pagar o crédito em nossa própria moeda como o governo anterior fez”.

Além disso, acrescentou que as políticas de controle de preços continuarão na nova gestão do Ministério do Comércio, embora reconheça que elas não são a única solução para o aumento da inflação.

“Os problemas de inflação não acabam com um decreto. Você não pode congelar os preços em uma economia onde os custos sobem e onde a taxa de câmbio não pode ser passada. Um país com poucas reservas não tem a possibilidade de congelar a taxa de câmbio. E os salários também não estão congelados. Pelo contrário, buscamos que cresçam em termos reais. O jeito é agir do jeito que estamos fazendo”, concluiu.