Mineradora implementa nova função para vistoriar barragens

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São Paulo – A Vale disse que como forma de aperfeiçoando seu Sistema de Gestão de Barragens (TMS), após ajuda de especialistas internacionais, implementou, em janeiro deste ano, a função de engenheiro de registro (EoR), como etapa adicional de avaliação de suas estruturas no Brasil.

Entre as atribuições do EoR, está a realização da inspeção de segurança regular, bem como a emissão de relatórios técnicos mensais. A função é externo às operações e está integrado às linhas de defesa da Vale e ao nível de gestão sênior, de forma a atuar com a autoridade requerida para esse tipo de função.

O EoR já emitiu 78 nova Declaração de Estabilidade (DCEs) positivas das estruturas de suas unidades operacionais de Minerais Ferrosos e Metais Básicos no Brasil, em atendimento à portaria 70.389/17, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), atual Agência Nacional de Mineração (ANM).

De acordo com a mineradora, as barragens mina Mar Azul, Capitão do Mato, Timbopeba, Complexo Fábrica e Mina Gongo Soco, todas inativas, permanecem com as declarações negativas, nos níveis 2 e 3 do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM).

Além de manter os reservatórios secos e minimizar o aporte de água nas nove estruturas, com a implantação de canais de cintura, a Vale está construindo três estruturas de contenção das barragens em nível 3, já tendo concluído aquela relativa à barragem Sul Superior e com previsão para completar as demais ainda durante o primeiro semestre de 2020.

Além disso, outras 18 estruturas da mineradora em nível 1 de emergência do PAEBM não possuem a necessidade de evacuação de Zonas de Autossalvamento (ZAS), sendo realizados estudos complementares para que as obras já em andamento deem uma condição de segurança mais elevado.

A Vale ressaltou que os níveis de emergência de cada barragem passam a ser continuamente revisados em conjunto com o EoR, podendo ser modificados conforme evolução do entendimento de cada estrutura.

A usina de Brucutu, que enviava rejeitos para a barragem Norte-Laranjeiras, que se encontra desde 2 de dezembro em nível 1 de emergência, continuará a operar com 40% de sua capacidade. Porém, a empresa vê como alternativa de curto prazo a otimização do uso da barragem Sul, que estão sendo testadas por equipes geotécnicas e operacionais e podem aumentar a capacidade da planta de Brucutu para 80%.

“Caso estas alternativas não se provem viáveis ou a obtenção de uma reavaliação no nível de emergência da barragem Norte-Laranjeiras não seja concretizada até o final do segundo trimestre de 2020, poderá haver impacto no volume anual de produção de finos de minério de ferro de 2020”.