Mercado reduz previsão para IPCA em 2019, diz BC

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Por: Flávya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – A projeção dos economistas ouvidos pelo Banco Central no relatório de mercado Focus para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 caiu pela décima vez consecutiva, de 3,42% para 3,28%, de 3,45% há um mês.

Para todo o ano de 2020, a previsão recuou pela terceira semana seguida, de 3,78% para 3,73%, de 3,80% quatro semanas atrás, ao passo que para 2021 seguiu em 3,75% pela quadragésima quarta semana seguida. Para 2022, a previsão ficou em 3,50% pela décima primeira vez.

Diante desse cenário otimista para a inflação, o mercado financeiro manteve a previsão para a taxa básica de juros em 2019 em 4,75% pela segunda vez seguida, de 5,00% há quatro semanas, segundo o relatório do BC. A projeção indica uma queda adicional de 0,75 ponto percentual (pp) na Selic até o fim deste ano, considerando-se o nível atual de 5,50%.

Para 2020, os economistas interromperam três semanas seguidas de estabilidade e reduziram a previsão de 5,00% para 4,75%, o que indica manutenção no juro básico ao longo de todo o próximo ano, após o fim do ciclo de quedas neste ano. Para 2021, a previsão seguiu em 6,50% pela segunda vez, enquanto para 2022 permaneceu em 7,00% pela décima segunda semana seguida.

Em relação ao dólar, o mercado financeiro manteve a estimativa para a taxa de câmbio ao final deste ano em R$ 4,00 pela segunda semana consecutiva, de R$ 3,90 há quatro semanas, segundo o relatório Focus. Já para 2020, a previsão foi mantida em R$ 3,95, de R$ 3,90 um mês atrás.

Para 2021, porém, a estimativa foi revisada de R$ 3,92 para R$ 3,95, enquanto para 2022, a previsão para a cotação do dólar em relação ao real foi mantida, em R$ 4,00, de R$ 3,95 quatro semanas atrás.

Por fim, os economistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram a estimativa para o crescimento da economia brasileira de 2019 a 2022, segundo o relatório de mercado Focus. Para este ano, a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) seguiu em 0,87% pela sexta vez.

Para 2020, ficou em 2,00% pela quarta semana seguida. Já para 2021 e 2022, a estimativa de expansão da economia permaneceu em 2,50%, cada, sendo mantida neste nível há 135 semanas e há 77 semanas, respectivamente.