Mercado reduz previsão de queda no PIB 2020 pela 6ª vez

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Edifício-sede do Banco Central em Brasília. (Foto: Divulgação/BC)

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central melhoraram a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela sexta semana consecutiva e preveem, agora, um recuo de 5,62% da economia brasileira, de -5,66% antes. Há um mês, a previsão era de queda de 6,10%, segundo o relatório de mercado Focus, do Banco Central.

Já para os demais anos, o mercado financeiro manteve as estimativas e prevê uma arrancada da atividade econômica. A previsão de alta do PIB em 2021 permaneceu estável em 3,50% pela décima primeira semana, ao passo que as projeções de crescimento de 2,50% em 2022 e em 2023, cada, seguem inalteradas há 120 e há 75 semanas, respectivamente.

Do lado da inflação, foram mantidas as estimativas para a alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano e nos próximos anos, seguindo em 1,63% para 2020; +3,00% em 2021, pela oitava vez; +3,50% em 2022 há 54 semanas e em +3,25% em 2023 pela quarta semana seguida.

A previsão para a taxa de câmbio também foi mantida para todos os períodos, com a cotação do dólar em relação ao real seguindo em R$ 5,20 ao final de 2020 pela oitava semana consecutiva; em R$ 5,00 em 2021 pela quarta vez; e em R$ 4,80 para 2022 e 2023, cada, pela terceira e oitava semana, respectivamente, ainda conforme o relatório Focus do Banco Central.

Do lado da Selic, os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros para este ano e os próximos – exceto para 2022, com a estimativa caindo de 5,00% para 4,90%, após oito semanas seguidas de estabilidade. Para 2020, o juro básico deve encerrar em 2,00%, o que indica manutenção da Selic até o fim do ano, considerando-se o nível atual.

Já para 2021 e 2023, o mercado financeiro manteve a estimativa de aperto monetário, com a estimativa para a Selic seguindo em 3,00% no ano que vem pela oitava vez e em 6,00% em 2023, pela décima oitava vez.