Mercado eleva previsão para IPCA em 2020 pela 11ª vez

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Foto: Svilen Milev / freeimages.com

São Paulo, 26 de outubro de 2020 – Os economistas ouvidos pelo Banco Central elevaram a previsão de alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano pela décima primeira semana consecutiva, passando de +2,65% para +2,99%, de +2,05% há um mês. Para 2021, a estimativa também subiu, indo de 3,02% para 3,10%, enquanto para 2022 e 2023, as projeções foram mantidas, em +3,50% e +3,25%, respectivamente, há 65 e 15 semanas.

Em relação à economia, o mercado financeiro melhorou a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela segunda semana consecutiva e prevê, agora, um recuo de 4,81% da atividade doméstica, de -5,00% antes. Há um mês, a previsão era de queda de 5,04%, segundo o relatório de mercado Focus, do BC.

Ainda em relação ao PIB, a previsão de crescimento econômico em 2021 caiu pela segunda vez seguida, de 3,47% para 3,42%, de 3,50% quatro semanas atrás, ao passo que as projeções de expansão de 2,50% em 2022 e em 2023, cada, seguem inalteradas há 131 e há 86 semanas, respectivamente.

Outro destaque no documento do BC ficou com as estimativas sobre a Selic. Os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros neste ano em 2,00%, pela décima sétima semana consecutiva, o que indica manutenção do nível atual até dezembro. Para 2021, porém, a previsão para a Selic subiu de 2,50% para 2,75%; para 2022, a estimativa ficou estável em 4,50%, pela nona vez, enquanto foi de 5,50% para 6,00% em 2023.

Por fim, as previsões para a taxa de câmbio também foram alteradas para este ano e o próximo, indo de R$ 5,35 para R$ 5,40 ao final de 2020, na terceira revisão seguida, e de R$ 5,10 para R$ 5,20 ao final do ano que vem, de R$ 5,00 um mês atrás. Já para 2022 e 2023, a estimativa para a cotação do dólar em relação ao real ficou em R$ 4,90, cada.

Os economistas consultados pelo BC elevaram a previsão de superávit da balança comercial brasileira em 2020 pela segunda vez seguida, de US$ 57,56 bilhões para US$ 58 bilhões, conforme o relatório de mercado Focus. Para 2021, a estimativa de saldo positivo de US$ 55 bilhões foi mantida pela terceira vez, enquanto para 2022 caiu de US$ 50 bilhões para US$ 49 bilhões. Já para 2023, subiu de US$ 35,50 bilhões para US$ 37,50 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2020 passou de déficit de US$ 6,71 bilhões para -US$ 3,80 bilhões, na segunda revisão seguida; para 2021 permaneceu em -US$ 17,00 bilhões pela terceira semana consecutiva, enquanto para 2022 foi de -US$ 26,22 bilhões para -US$ 26,35 bilhões, na segunda revisão. Já para 2023, a previsão de déficit das transações correntes ficou em -US$ 32,19 bilhões.

Por fim, em relação ao Investimento Direto no País (IDP), houve alteração novamente apenas na projeção para 2022, que caiu pela segunda vez, de US$ 72 bilhões para US$ 70 bilhões. Para os demais anos, a projeção foi mantida, sendo saldo positivo de US$ 50 bilhões em 2020, pela segunda semana; US$ 65 bilhões em 2021 e US$ 75 bilhões em 2023 – esses dois últimos pela
terceira semana seguida.