Mercado eleva previsão para inflação em 2020 pela 19ª vez, diz Focus

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São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram a previsão de alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano pela décima nona semana seguida, passando de +4,35% para +4,39%, de +3,45% há um mês, segundo o relatório de mercado Focus, do BC.

Para 2021, a estimativa oscilou em alta, passando de 3,34% para 3,37%, enquanto para 2022 e 2023, as projeções foram mantidas, em +3,50% e +3,25%, respectivamente, há 73 e 23 semanas. Já a previsão para os próximos 12 meses caiu pela segunda vez seguida, de 3,99% para 3,87%. Há um mês, estava em 3,80%.

Outro destaque do Focus foi a previsão em relação à economia, no qual o mercado financeiro segue com a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país, porém, com uma ligeira melhora, no qual o indicador passou de -4,41% para -4,40%. Há um mês, a previsão era de queda de 4,55%. Para 2021, a previsão de crescimento econômico caiu de 3,50% para 3,46%, de 3,40% quatro semanas antes. Já para os anos seguintes, a previsão foi mantida em 2,50% para 2022 e 2023, pelas 139 e há 94 semanas, respectivamente.

Já a projeção para a taxa de câmbio ao fim deste ano foi revisada para baixo pela sexta semana seguida, passando de R$ 5,20 para R$ 5,15, de R$ 5,38 há um mês. Para 2021, a previsão caiu pela terceira vez, de R$ 5,03 para R$ 5,00, de R$ 5,20 quatro semanas antes; para 2022, subiu de R$ 4,95 para R$ 4,98. E em 2023, a cotação do dólar em relação ao real passou de R$ 4,90 para R$ 4,97, de R$ 4,94 há um mês.

Por fim, os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros (Selic) em 3,00% para 2021 pela quarta semana. Já para 2022 e 2023, as previsões seguiram em 4,50%, pela décima sétima vez, e em 6,00% pela oitava semana, respectivamente.

BALANÇA COMERCIAL 

Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2020 pela segunda semana, de US$ 57,63 bilhões para US$ 56,15 bilhões. Para 2021, a estimativa de saldo positivo caiu de US$ 56,50 bilhões para US$ 55,10 bilhões. Já para 2022, a previsão passou de US$ 49,45 bilhões para US$ 48,45 bilhões, na segunda semana de queda. Enquanto em 2023, a previsão seguiu em US$ 40,60 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2020 passou de déficit de -US$ 4,45 bilhões para -US$ 4,60 bilhões, na terceira queda seguida; para 2021, caiu pela segunda semana, de -US$ 17,00 bilhões para -US$ 17,40 bilhões; para 2022, passou de -US$ 27,44 bilhões para -US$ 28,27 bilhões, e em 2023, a previsão de saldo negativo das transações correntes caiu pela terceira vez seguida, de -US$ 32,19 bilhões para -US$ 33,60 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), caiu de US$ 41,30 bilhões para US$ 40,0 bilhões em 2020; seguiu em US$ 60,00 bilhões em 2021 pela quinta vez e em US$ 70,00 bilhões em 2022, pela sexta semana. Enquanto para 2023, a estimativa referente ao aporte de capital estrangeiro no setor produtivo seguiu em US$ 75,00 bilhões, diz o Focus.