Mercado eleva previsão para inflação em 2020 pela 17ª vez, diz Focus

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São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram a previsão de alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano pela décima sétima semana seguida, disparando de +3,54% para +4,21%, de +3,20% há um mês, segundo o relatório de mercado Focus, do BC.

Para 2021, a estimativa caiu de 3,47% para 3,34%, após subir por seis semanas consecutivas, enquanto para 2022 e 2023, as projeções foram mantidas, em +3,50% e +3,25%, respectivamente, há 71 e 21 semanas. Já a previsão para os próximos 12 meses subiu pela quarta vez, de 3,86% para 4,09%, de 3,52% quatro semanas antes.

Outro destaque do Focus foi a previsão em relação à economia, no qual o mercado financeiro segue com a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Porém, com melhora da expectativa pela quinta semana consecutiva, passando de -4,50% para -4,40%. Há um mês, a previsão era de queda de 4,80%.

Para 2021, a previsão de crescimento econômico subiu pela terceira vez, de 3,45% para 3,50%, de 3,31% quatro semanas antes. Já para os anos seguintes, a previsão foi mantida em 2,50% para 2022 e 2023, pelas 137 e há 92 semanas, respectivamente.

Já a projeção para a taxa de câmbio ao fim deste ano foi revisada para baixo pela quarta semana seguida, passando de R$ 5,36 para R$ 5,22, de R$ 5,45 há um mês. Para 2021, a previsão passou de R$ 5,20 para R$ 5,10, enquanto foi mantida em R$ 5,00 pela sexta vez em 2022. Já em 2023, a cotação do dólar em relação ao real caiu de R$ 4,97 para R$ 4,94, depois de duas altas seguidas.

Por fim, os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros (Selic) neste ano em 2,00%, pela vigésima terceira vez. Para os anos seguintes, a taxa foi mantida em 3,00% em 2021; em 4,50% em 2022 pela décima quinta vez e em 6,00% em 2023 pela sexta semana.

BALANÇA COMERCIAL

Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2020 pela segunda semana seguida, de US$ 57,90 bilhões para US$ 58,00 bilhões. Já para 2021 e 2022, as estimativas de saldo positivo ficaram estáveis, em US$ 56,50 bilhões e em US$ 50 bilhões, respectivamente, enquanto para 2023 caiu de US$ 45 bilhões para US$ 43,70 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2020 passou de déficit de US$ 3,25 bilhões para -US$ 4,22 bilhões; para 2021, foi de -US$ 17,40 bilhões para -US$ 16 bilhões; para 2022, passou de -US$ 25,50 bilhões para -US$ 26 bilhões, e em 2023, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 32,00 bilhões para -US$ 32,10 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), caiu de US$ 45 bilhões para US$ 43,15 bilhões em 2020; seguiu em US$ 60 bilhões em 2021 e em US$ 70 bilhões em 2022, enquanto para 2023, a estimativa referente ao aporte de capital estrangeiro no setor produtivo caiu de US$ 77,50 bilhões para US$ 75 bilhões.