Mercado eleva previsão para inflação em 2020 pela 13ª vez, diz Focus

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São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central elevaram a previsão de alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano pela décima terceira semana consecutiva, passando de +3,02% para +3,20%, de +2,47% há um mês. Para 2021, a estimativa subiu pela terceira vez, indo de 3,11% para 3,17%, enquanto para 2022 e 2023, as projeções foram mantidas, em +3,50% e +3,25%, respectivamente, há 67 e 17 semanas. Já a previsão para os próximos 12 meses foi mantida em 3,52%, de 3,29% quatro semanas antes.

Em relação à economia, o mercado financeiro voltou a melhorar a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país, com uma ligeira alta de -4,81% para -4,80%. Há um mês, a previsão era de queda de 5,03%, segundo o relatório de mercado Focus, do BC. A previsão de crescimento econômico em 2021 caiu pela quarta vez seguida, de 3,34% para 3,31%, de 3,50% quatro semanas atrás, ao passo que as projeções de expansão de 2,50% em 2022 e em 2023, cada, seguem inalteradas há 133 e há 88 semanas, respectivamente

Já as previsões para a taxa de câmbio foram mantidas para este e para os próximos anos, ficando em R$ 5,45 ao fim de 2020, de R$ 5,30 quatro semanas antes; para 2021 e 2022, as taxas de R$ 5,20 e R$ 5,00, respectivamente, foram mantidas pela segunda semana. Já para 2023, a cotação do dólar em relação ao real seguiu em R$ 4,94, de R$ 4,80 há um mês.

Por fim, os economistas mantiveram também a previsão para a taxa básica de juros (Selic) neste ano em 2,00%, pela décima nona semana consecutiva, o que indica manutenção do nível atual até dezembro. Para os demais anos, as previsões seguiram inalteradas, ficando em 2,75% para 2021 pela segunda vez, em 4,50% ao fim de 2022 pela décima primeira semana, enquanto se manteve em 6,00% em 2023.

BALANÇA COMERCIAL

Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram a previsão de superávit da balança comercial brasileira em 2020, de US$ 58,70 bilhões para US$ 57,90 bilhões. Para 2021, a estimativa de saldo positivo de US$ 55 bilhões foi mantida pela quinta vez, enquanto para 2022 permaneceu em US$ 48 bilhões. Já para 2023, subiu pela terceira vez, de US$ 41,25 bilhões para US$ 45 bilhões.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2020 passou de déficit de US$ 3,80 bilhões para -US$ 4,00 bilhões; para 2021 caiu de -US$ 18,50 bilhões para -US$ 19,20 bilhões, enquanto para 2022 foi de -US$ 26,00 bilhões para -US$ 25,50 bilhões, e para 2023 passou de -US$ 32,10 bilhões para -US$ 32,00 bilhões, sendo a segunda revisão seguida no déficit das transações correntes para os próximos anos.

Por fim, em relação ao Investimento Direto no País (IDP), houve alteração apenas na projeção para 2022, que caiu de US$ 71 bilhões para US$ 70 bilhões, e para 2023, que passou de US$ 75 bilhões para US$ 77,50 bilhões. Para os demais anos, a projeção foi mantida, sendo saldo positivo de US$ 50 bilhões em 2020, pela quarta semana; e de US$ 65 bilhões em 2021, pela quinta vez.