MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Logo após a abertura do pregão, o Ibovespa acelerou ganhos e chegou a subir mais de 1% acompanhando o tom mais otimista de Bolsas no exterior em meio à retomada de testes da vacina contra o coronavírus da AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 1,24%, aos 99.583,68 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 12,0 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2020 apresentava avanço de 1,56%, aos 99.690 pontos.

“Basicamente, os mercados estão se recuperando das quedas das últimas semanas e também porque a AstraZeneca anunciou a retomada dos testes que estãofazendo da vacina contra o coronavírus, isso anima bastante”, disse o sócioda Criteria Investimentos, Vitor Miziara. No dia 6 de setembro, a AstraZeneca tinha anunciado uma pausa voluntária nos testes globais da sua vacina depois que um participante teve uma doença inexplicada. Mas a agência reguladora britânica permitiu a retomada, afirmando que há segurança.

Com isso, a maioria das Bolsas sobe no exterior, embora alguns índices europeus operem em leve queda, mostrando alguma cautela. Para os analistas da Commcor Corretora, a semana pode ter “clima de apreensão antes de diversas decisões de política monetária”, com destaque para norte-americana e a nossa na quarta-feira.

É esperada uma manutenção das taxas de juros, mas os analistas destacam que podem ser trazidas “novidades relevantes no âmbito da nova estratégia de inflação” do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Já no Brasil é quase que consenso a manutenção da Selic nos atuais 2% após em meio à preocupação com a situação fiscal local e com a inflação, sendo esperadas sinalizações no comunicado.

Na cena doméstica, investidores ainda digerem os dados do Indice de Atividade Econômica do Banco Central, o IBC-Br, que subiu menos do que o esperado pelo mercado, além de acompanharem as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro disse, há pouco, que afirmou que o governo já gastou todos seus esforços para conter trajetória de aumento de gastos nos próximos 10 anos, além de reforçar que os gastos durante a pandemia não podem se tornar permanentes.

Entre as ações, as da Vale (VALE3 0,40%) e de siderúrgicas, como Usiminas (USIM5 1,60%), ajudam a manter o índice em alta.  Mas as maiores valorizações são da Yduqs (YDUQ3 6,66%), da BRMalls (BRML3 5,04%) e da Iguatemi (IGTA3 4,45%). Na contramão, as maiores perdas são da Eletrobras (ELET3 -0,84%; ELET6 -1,88%) e da Petrobras (PETR3 -1,63%; PETR4 -1,37%), em dia de leve perdas dos preços do petróleo.

O dólar comercial segue em queda frente ao real, a R$ 5,30, em sessão positiva para as moedas pares e de países emergentes em meio ao otimismo dos investidores com a retomada de testes da vacina da empresa AstraZeneca no Reino Unido. Diante a busca por risco, o mercado deixa de lado a cautela às vésperas das decisões de política monetária nos Estados Unidos, Inglaterra, Japão e aqui.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,99%, sendo negociado a R$ 5,2830 na venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2020 apresentava recuo de 0,73%, cotado a R$ 5,284.

“A moeda está sambando entre R$ 5,29 e 5,32 refletindo uma menor procura por proteção no dólar com as notícias de retomada dos testes da vacina de Oxford. Esse anúncio anima investidores que partiram para o risco, comprando bolsa e vendendo dólar”, explica o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

empresa AstraZeneca anunciou que retomou os testes clínicos da vacina experimental contra o novo coronavírus no Reino Unido, após a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA, na sigla em inglês) britânica confirmar que era seguro seguir com o procedimento, informou por meio de um comunicado.

Na semana passada, a AstraZeneca anunciou uma pausa voluntária nos testes globais depois que um participante de um estudo no Reino Unido teve uma doença inexplicada. A pausa permitiu a revisão dos dados de segurança por comitês independentes e reguladores internacionais.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem em queda, beneficiadas pelo recuo do dólar, que já é cotado abaixo de R$ 5,30, em meio ao ambiente internacional mais favorável aos ativos de risco. Ainda assim, os investidores estão em compasso de espera pelas decisões de juros dos bancos centrais do Brasil (Copom) e dos Estados Unidos (Federal Reserve), na quarta-feira.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 2,81%, de 2,85% no ajuste anterior, na última sexta-feira; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,09%, de 4,14% após o ajuste ao final da semana passada; o DI para janeiro de 2025 estava em 5,94%, de 5,98%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 6,92%, de 6,97%, na mesma comparação.