MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Após abrir em alta, o Ibovespa passou a mostrar leve queda pressionado pelas perdas de ações de bancos e com investidores aguardando novidades no cenário externo e acompanhando a questão fiscal no Brasil. Às 15h deve ser divulgada a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,42%, aos 101.632,01 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2020 apresentava recuava de 0,30%, aos 101.810 pontos.

Para o economista-chefe da Codepe Corretora, José Costa, investidores aguardam novidades e no patamar atual é preciso olhar as ações com mais cautela. “Neste patamar é preciso ter cuidado, olha com lupa o que já valorizou muito esse ano, o que não valorizou”, afirmou.

Os papéis de bancos, por exemplo, seguem com quedas expressivas no ano e dificuldades de se recuperarem depois de os balanços terem mostrando aumento de provisões, entre outros fatores, como possíveis mudanças na legislação. Os papéis do Itaú Unibanco e da B3 estão entre os que mais pesam para a queda do índice.

Já as maiores perdas do Ibovespa hoje são das ações da Sabesp. Os papéis refletem declarações do governador de São Paulo, João Dória, que afirmou que a prioridade será a capitalização da companhia, sendo que investidores aguardam que uma privatização ocorresse mais rapidamente.

No cenário externo, a maioria das Bolsas opera com altas moderadas com investidores ainda aguardando um acordo entre republicanos e democratas sobre um pacote de estímulos econômicos nos Estados Unidos. O mercado também espera as sinalizações que podem ser dadas hoje na ata do Fed em relação a possíveis novos estímulos.

Já na cena doméstica, a questão fiscal continua no radar. Apesar de declarações terem reduzido o temor de saída do ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda há algum receio sobre o não cumprimento do teto de gastos, em meio a discussões sobre o orçamento para 2021.

O dólar comercial virou nesta amanhã, após abrir em queda, passou a subir em um movimento claro de cautela dos investidores na espera pela divulgação da ata do Fed, que será divulgada na tarde de hoje. Ainda tem o lado fiscal do Brasil, que tem preocupado os investidores.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,69%, sendo negociado a R$ 5,5090 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento setembro de 2020 apresentava avanço de 0,70%, cotado a R$ 5,509.

“O movimento desde a abertura dos negócios segue em compasso de espera pela Ata do Fed. A agenda de indicadores hoje é bem fraca, então o mercado deve seguir entre leve queda ou leve alta, sem grandes oscilações até a divulgação da ata do Fed”, explicou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.

“Os mercados nacionais amanhecem hoje com precauções no que tangencia a discussão do cenário fiscal brasileiro conjuntamente com a espera da última ata do Federal Reserve – que servirá como termômetro para os investidores verificarem sinais da política de juros nos Estados Unidos”, disse, em relatório, Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) não conseguiram sustentar o sinal negativo exibido logo na abertura do pregão, em uma tentativa de dar continuidade à devolução de prêmios vista ontem, e passaram a ensaiar um ligeiro viés de alta. O movimento acompanhou a piora do mercado local, com o dólar passando a subir e o Ibovespa, a cair, após um início de dia mais positivo.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 2,73%, de 2,69% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 3,90%, de 3,88%; o DI para janeiro de 2025 estava em 5,71%, de 5,68% no ajuste de ontem; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 6,72%, de 6,70%, na mesma comparação.