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São Paulo – Após chegar a ultrapassar os 105 mil pontos perto da abertura do pregão, acompanhando o otimismo visto em Bolsas no exterior, o Ibovespa passou a cair mostrando uma realização de lucros e refletindo a queda das ações da Vale, após a companhia divulgar seu relatório de produção.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,03%, aos 104.385,25 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 19,6 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2020 apresentava avanço de 0,15%, aos 104.440 pontos.

“O Ibovespa seguia a alta das Bolsas internacionais após líderes europeus concordarem com plano de ajuda para a região, além da entrega de proposta para reforma tributária ao Congresso também contribuir para o bom humor. Mas depois de dois dias subindo bastante, uma realização intradiária é natural”, disse o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila.

Entre as ações que puxam a queda do Ibovespa estão as da Vale, que têm grande no peso no índice. Investidores digerem o relatório trimestral de produção divulgado pela companhia, que sentiu os efeitos da pandemia de coronavírus, embora sua produção de minério de ferro tenha subido 5,5% no segundo trimestre frente ao mesmo período do ano passado.

Já as maiores quedas do Ibovespa são da Via Varejo e da Qualicorp. A Via Varejo divulgou de forma indevida no Twitter os dados de vendas do trimestre, o que deve fazer a companhia ser investigada pela CVM. Já o fundador da Qualicorp, José Seripieri, foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) que apura doações eleitorais não declaradas ao senador José Serra (PSDB-SP) durante a campanha de 2014.

Por outro lado, as maiores altas do índice são das ações da Petrobras, que acompanham a alta de mais de 3% dos preços do petróleo a reagem à decisão favorável obtida pela companhia na Justiça sobre a recuperação de contribuições de PIS/Cofins. Além disso, a Engie Brasil adquiriu fatia adicional de 10% da Transportadora Associada de Gás (TAG), que pertence à Petrobras, por R$ 1 bilhão.

O dólar comercial acelerou as perdas frente ao real e opera com mais de 2% de queda, em busca do patamar de R$ 5,20, no menor valor intraday desde 24 de junho, acompanhando o otimismo que prevalece no exterior após a União Europeia fechar acordo de um plano de recuperação econômica da região e em meio às expectativas renovadas após notícias sobre avanços em testes de vacinas contra o novo coronavírus.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 2,78%, sendo negociado a R$ 5,1930 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2020 apresentava recuo de 2,70%, cotado a R$ 5,195.

“Investidores aproveitam para ajustar posições acompanhando a continuidade do bom humor externo”, diz o diretor de câmbio de uma corretora nacional. O otimismo vem do acordo aprovado hoje por chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) para o fundo de recuperação do bloco econômico no valor de 750 bilhões de euros para fazer frente aos impactos da pandemia renovou as expectativas em relação à recuperação da economia global.

O plano de recuperação precisa ser aprovado pelo parlamento europeu. As notícias sobre o avanço no desenvolvimento de vacinas corroboram para o otimismo dos investidores.

“Agora, investidores continuam na expectativa de que os Estados Unidos aprovem novos estímulos de aproximadamente US$ 1,0 trilhão, no que seria o quinto pacote para incentivar a economia a se recuperar mais rapidamente”, comenta o consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) registram alta na sessão de hoje. De acordo com especialistas, a proposta da reforma tributária que será apresentada pelo governo ao Congresso reonera a cesta básica, alterando seu valor e podendo trazer algum reflexo da força para a inflação.

Às 13h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 2,06%, de 2,025% após o ajuste do último pregão; o DI para janeiro de 2022 estava em 3,03%, de 2,92% do ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,12%, de 4,01%; o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 5,57%, de 5,49% na mesma comparação.