MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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Foto: Myles Davidson / freeimages.com

São Paulo – Após oscilar entre perdas e ganhos pela manhã, o Ibovespa busca se firmar no campo positivo e acelerou a alta acompanhando o movimento das Bolsas norte-americanas, em meio a notícias de balanços corporativos positivos e avanços em vacinas contra o coronavírus. No entanto, o aumento de casos de covid-19 segue no radar e pode continuar a trazer volatilidade.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 1,28%, aos 99.970,24 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 15,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2020 apresentava avanço de 1,82%, aos 100.110 pontos.

Investidores receberam bem os primeiros resultados trimestrais nos Estados Unidos, como os do banco J.P. Morgan, que veio acima das estimativas do mercado. Além disso, seguem esperançosos em relação a tratamentos e vacinas contra o coronavírus. Há pouco, a farmacêutica norte-americana Moderna afirmou que iniciará a fase três de seu teste clínico para sua vacina. O processo deve começar no dia 27 de julho e envolve 30 mil participantes.

Porém, ainda há o temor de que a pandemia leve a novos fechamentos de economias, prejudicando a retomada econômica global. Ontem, as Bolsas passaram a cair no fim do dia após o governador do estado norte-americano da Califórnia determinar o fechamento de restaurantes, bares, cinemas e outros estabelecimentos em todo o estado, como tentativa de conter a disseminação da covid-19 na região.

“A temporada de balanços americana pode surpreender, mas ainda vai ficar a questão da possível segunda onda da pandemia. Quem entrar no mercado agora também tem que ficar mais seletivo, ver que ação vale a pena, o Ibovespa já subiu rápido para os 100 mil pontos”, disse o economista-chefe da Codepe Corretora, José Costa.

Entre as ações, papéis de peso para o índice, como os da Vale e da Petrobras, aceleraram ganhos e estão entre as maiores valorizações no momento, acompanhando os preços do minério de ferro e do petróleo, respectivamente.

Após oscilar na abertura dos negócios, o dólar comercial tem alta firme frente ao real e opera acima de R$ 5,40 descolado das principais moedas de países emergentes, enquanto o mercado acionário precifica o temor dos investidores com a escalada do novo coronavírus nos Estados Unidos em cenário dado como segunda onda de contaminação.

Por volta de 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,25%, sendo negociado a R$ 5,4040 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2020 apresentava estabilidade, cotado a R$ 5,407.

O diretor de câmbio de uma corretora nacional destaca que o receio com a escalada da covid-19 em algumas regiões dos Estados Unidos leva investidores a fugirem do risco. “Aqui, a moeda rapidamente passou dos R$ 5,40 influenciada por uma forte saída de recursos”, diz.

O consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello, acrescenta que o dólar tem mais um dia marcado pela volatilidade. Ele reforça que o sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), IBC-Br – divulgado pelo Banco Central (BC) – subiu 1,31% em maio ante abril, enquanto na comparação anual, o dado retraiu 14,24%. O que corrobora para um viés mais negativo da moeda.

“O presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] caracterizou como incerto o espaço remanescente para corte da taxa Selic. Ele também disse que acredita que as saídas de capital por aqui vão se acomodar”, comenta o consultor.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) recuaram um pouco da alta vista mais forte no início da manhã de hoje, mas ainda mentém o viés altista acompanhando o aumento nos casos do novo coronavírus pelo mundo e a volta do fechamento de algumas economia, além dos dados do IBC-Br divulgados hoje pelo Banco Central.

Às 12h (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 2,065%, de 2,065% após o ajuste da última sexta-feira; o DI para janeiro de 2022 estava em 3,04%, de 3,03% do ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,15%, de 4,11%; o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 5,66%, de 5,57% na mesma comparação.