MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

534
Foto: Burak K / Pexels

São Paulo – A Bolsa opera de lado com as ações da Vale, Petrobras e bancos puxando o índice para cima em um dia de alta do minério de ferro – quase 3% na bolsa de Dailan, na China, – e petróleo mais de 2% e com os investidores atentos às falas do ministro Paulo Guedes sobre privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil.
Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,51%, aos 113.866,11 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 13,8 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2021 apresentava avanço de 0,29%, aos 114.095 pontos.
O mercado financeiro fica de olho à crise da Evergrande, segunda maior incorporadora chinesa, que deveria ter honrado com seus compromissos na quinta-feira (23), mas não efetuou o pagamento dos juros sobre os títulos. Os investidores também mantêm cautela em relação a uma possível crise energética mundial. Na China, o problema com a energia é devido ao choque de oferta de carvão e gás natural.
Por aqui, o relator do projeto do Imposto de Renda (IR), no Senado, Ângelo Coronel (PSD-BA), deve se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir o texto da proposta. Na última sexta-feira, o relator defendeu uma consulta pública e comentou que a votação do IR poderia ficar para o ano que vem.
Para Leonardo de Santana, analista da Top Gain, “o dia é alta das commodities e acaba impulsionando o Ibovespa, com destaque para as ações da Vale”.
O analista da Top Gain comentou que o cenário interno é mais tranquilo e “hoje o reflexo na Bolsa é mais por conta do ambiente externo, mas estamos sempre de olho nos precatórios, reformas”. Santana afirmou que as falas do Bolsonaro sobre o preço da gasolina e dólar serem uma “realidade” não impactou no Ibovespa.
José Costa Gonçalves, da Codepe Corretora, acredita que os comentários do ministro Paulo Guedes sobre a privatização do Banco do Brasil e Petrobras impactam pouco o mercado. “Ele está reforçando a meta traçada desde o início do mandato de Bolsonaro. Daqui a 10 anos são pelo menos mais dois governos, em em primeiro lugar deve-se privatizar o Banco do Brasil”.
O analista da Codepe Corretora disse que o mercado aguarda “a cópia da Ted [Transferência eletrônica disponível] confirmando o pagamento dos juros pela Evergrande”.
Para os analistas da Sul América Investimentos, a Bolsa deve “seguir fragilizada em meio às incertezas políticas domésticas ampliando os riscos de curto prazo”.
Todas as segundas, a partir de hoje, e quartas-feiras o Banco Central (BC) vai realizar os leilões extraordinários de swap cambial para continuar com o funcionamento regular do câmbio, antecipando o overhedge dos bancos que o mercado esperava no final de novembro ou começo de dezembro. Segundo Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital. “Vamos acompanhar como isso vai influenciar na Bolsa porque o investidor estrangeiro que quiser fazer uma venda em Brasil, que comprava dólar para fazer o hedge, fica um pouco receoso uma vez que o BC vai intervir no câmbio e pode ser que espirre na Bolsa. Quem quiser fazer hedge no mercado brasileiro, ao invés de usar dólar, vai acabar utilizando a Bolsa”.
O gestor da Galapagos Capital comentou que o minério de ferro na sessão de hoje já voltou a ser cotado a US$ 115. “Isso deve dar um certo alívio para os setores de siderurgia e mineração que sofreram bastante”. O minério chegou abaixo de US$ 90, no pior momento da semana passada, com a crise da Evergrande.
Para Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, os problemas nas cadeias produtivas e no fornecimento de energia prejudicam várias regiões do mundo, “Essa situação redobra a cautela por parte do investidor em meio a um cenário desafiador”.
O mercado financeiro fica de olho à crise da Evergrande, segunda maior incorporadora chinesa, que deveria ter honrado com seus compromissos na quinta-feira (23), mas não efetuou o pagamento dos juros sobre os títulos. Os investidores também mantêm cautela em relação a uma possível crise energética mundial. Na China, o problema com a energia é devido ao choque de oferta de carvão e gás natural.
Por aqui, o relator do projeto do Imposto de Renda (IR), no Senado, Ângelo Coronel (PSD-BA), deve se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir o texto da proposta. Na última sexta-feira, o relator defendeu uma consulta pública e comentou que a votação do IR poderia ficar para o ano que vem.
O dólar opera estável. Isso é reflexo dos leilões de swap cambial tradicional, anunciados pelo Banco Central (BC) na última sexta. Este movimento costuma acontecer no final do ano, mas a instituição optou em antecipá-lo.
Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,24%, sendo negociado a R$ 5,3570 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em setembro de 2021 apresentava avanço de 0,31%, cotado a R$ 5,360.
Segundo o economista-chefe do Banco Alfa, Luís Otávio Leal, “os leilões estão ajudando o real, mas é um movimento com impactos no curtíssimo prazo. O mercado vai ficar de olho caso o BC acelere o ritmo dos leilões, mas a princípio eles são neutros”.
Na visão de Leal, o mercado está esperando os próximos passados, “em compasso de espera para a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e dos números nos Estados Unidos”.
De acordo com boletim da Ajax Capital, “o mercado já aguardava essa intervenção cambial, em linha com o realizado ano passado, mas a antecipação mostra preocupação do Banco Central com o câmbio”.
O Banco Central irá ofertar, nestes leilões, US$ 700 milhões, com vencimentos em junho e setembro do próximo ano. A instituição possui estoque, para estes leilões, que gira em torno dos US$ 15 bilhões. Atualmente, o estoque de swap cambial está em torno de US$ 77 bilhões.
As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem em alta acelerada, antes de votação do financiamento e dívida do governo norte-americano. Na noite desta segunda-feira, o Senado realizará uma votação sobre uma legislação já aprovada pela Câmara para financiar o governo federal até 3 de dezembro e suspender o limite de empréstimo dos EUA até o final de 2022. Será também discutido como elevar o teto da dívida para afastar o risco de calote.
Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 apresentava taxa de 7,150%, de 7,130% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 9,030%, de 8,960%; o DI para janeiro de 2025 ia a 10,150%, de 10,050% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 10,530%, de 10,450%, na mesma comparação.