MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – A Bolsa mantém o movimento de alta puxada pelas instituições financeiras e empresas varejistas. Os investidores ficam no aguardo da divulgação do Livro Bege- que mostra as condições econômicas atuais- e as falas dos membros do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano).

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,75%, aos 129.237,63 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 19,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho de 2021 apresentava avanço de 0,67%, aos 129.320 pontos.

A equipe de analistas da Terra Investimentos comentou que os setores ligados à economia interna estão tendo um desempenho favorável. “são influenciados pelas revisões do PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro para o final de 2021, com vários bancos projetando 5%”. Os analistas cometam que “o Ibovespa sustenta recordes guiado por varejistas e bancos”.

Uma fonte que não quis se identificar comentou que “está chamando a atenção do mercado a queda da B3 (B3SA3), de mais de 5%, destoando da alta dos bancos”

Para o estrategista Filipe Villegas, da Genial Investimentos, a Bolsa deve seguir o movimento de ganhos, mas observa que “o que poderia atrapalhar a tendência de alta dos preços dos ativos brasileiros é o fato de amanhã ser feriado e talvez algum grande investidor não queira estar tão posicionado e faça uma realização de lucros”.

“A Bolsa deve continuar nesse movimento de correção com o mercado reprecificando todas as novas informações macroeconômicas, mas o mercado ainda está bastante volátil”.

No Brasil, a produção industrial no mês de abril caiu 1,3% em comparação com o mês de março e ficou abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, recuo de 0,10%. Em relação à base anual, o resultado mostrou crescimento de 34,70%, os analistas previam alta de 37,25%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado da produção industrial contrapõe o otimismo reforçado da véspera pelo PIB do primeiro trimestre, afirmam os analistas da Terra Investimentos.

Nos Estados Unidos, o Livro Bege antecipa o resultado do payroll na sexta-feira e deve sinalizar se o Fed vai diminuir o programa de compra de ativos.

Após inverter sinal, o dólar comercial acelerou as perdas frente ao real, renovando mínimas sucessivas abaixo de R$ 5,10 – no menor valor intraday desde 22 de dezembro do ano passado – acompanhando uma melhora no exterior, que levou a divisa norte-americana a perder força ante as moedas pares e de países emergentes.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,18%, cotado a R$ 5,0850 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de 2021 apresentava recuo de 1,25%, cotado a R$ 5,098.

O economista e sócio da Golden Investimentos, Thomas Giuberti, reforça que o movimento é externo “é calmo”, com o dólar perdendo força e o rendimento das taxas futuras de juros dos títulos norte-americanos, as treasuries, caindo na sessão com o vencimento de 10 anos (T-Note) abaixo de 1,60%.

Em sessão esvaziada de indicadores e notícias lá fora, investidores aguardam a divulgação do Livro Bege pelo Fed à tarde, além dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos entre amanhã e sexta-feira. “Lá fora, os ventos estão positivos. O Livro Bege não é de fazer preço, mas o mercado acompanha porque ajuda a refinar os dados econômicos”, diz.

Aqui, investidores mantêm o otimismo da véspera em meio à expectativa de recuperação da economia local, mas atentos ao feriado local amanhã. “Os indicadores têm sido positivos com dados do governo, superávit da balança comercial. O mercado vem colocando na conta um cenário mais benigno da economia doméstica. Como diz o ditado, ‘economia forte, moeda forte'”, ressalta.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam em queda neste início de tarde em um momento no qual os negócios locaios acompanham a melhora do apetite por risco no exterior. O alívio nas taxas é proveniente da virada do dólar, que opera em forte queda, e da boa aceitação do leilão de títulos realizado hoje pelo Tesouro Nacional.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 5,10%, de 5,11% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,72%, de 6,765%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,83%, de 7,90% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,33%, de 8,44%, na mesma comparação.