MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Após, abrir em território positivo e atingir alta de mais de 0,60%, com investidores repercutindo os dados positivos do seguro-desemprego nos Estados Unidos-caíram de 586 mil pedidos para 547 mil na semana encerrada de 17 de abril – e a reunião do Banco Central Europeu-que manteve a taxa de juros na região em zero, o Ibovespa opera com volatilidade entre altas e baixas.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,32%, aos 120.452,98 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,0 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho de 2021 apresentava avanço de 0,42%, aos 120.800 pontos.

O discurso do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula sobre o Clima, nesta manhã, é visto como positivo pelo mercado e o Ibovespa apresentou leve alta incentivando o ganho das ações brasileiras negociadas ontem nos Estados Unidos, afirmou Davi Lélis, sócio e assessor da Valor Investimentos.

Bolsonaro disse que vai “eliminar o desmatamento ilegal no Brasil até 2020”, antecipar de 2060 para 2050 o patamar de neutralidade na emissão de carbono e fortalecer os órgãos ambientais. Para o sócio e assessor da Valor Investimentos “o que faltou no discurso foi um pouco de ações mais concretas para alcançar as metas que foram colocadas”, por isso “não decepcionou o mercado e também não impressionou ninguém”, acrescentou.

Ele comentou que a equipe do presidente dos Estados Unidos viu como favorável o discurso do Bolsonaro. “Agora é necessário começar a fazer as ações e atuar nas demandas. Essa agenda é muito importante para o Brasil porque vai mostrar para o exterior como o nosso País está lidando com outros problemas, de forma mais séria, também vai passar mensagem se o risco País e o risco fiscal estão controlados”.

Na avaliação do sócio e assessor da Valor Investimentos, o Orçamento também está no radar dos investidores. “A mensagem transmitida ao mercado é que o governo vai aprovar o orçamento, mas pode abrir precedentes a outros ramos do governo e demais setores para também flexibilizarem seus gastos e conseguirem remanejar as despesas para 2022”, afirma.

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a alteração na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) que autoriza o governo a manter fora do teto de gastos as despesas com o combate à pandemia da Covid-19. Na segunda-feira, o Congresso aprovou a mudança.

O dólar comercial tem queda firme frente ao real, na volta do feriado local, e segue abaixo de R$ 5,50 com investidores atentos ao exterior e ao presidente Jair Bolsonaro, que participa da reunião de chefes de estado convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir as mudanças climáticas e deve sancionar hoje o Orçamento de 2021.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,95%, cotado a R$ 5,4940 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em maio de 2021 apresentava queda de 1,31%, cotado a R$ 5,496.

“Essa queda acompanha a fragilidade do dólar frente a algumas moedas lá fora, enquanto aqui, há um desmonte de posições defensivas em dólar com o mercado precificando a sanção do Orçamento de 2021”, comenta o diretor de uma corretora nacional. O prazo para sancionar a proposta orçamentária, aprovada no Congresso no fim de março, termina hoje.

A equipe da Tendências Consultoria avalia que a alteração na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2021 – que autoriza o governo a manter fora do teto de gastos as despesas com o combate à pandemia de covid-19 – aprovada no Congresso no início da semana e já sancionada por Bolsonaro, foi uma “solução” vinda de forma “surpreendente e de última hora”.

“Revela não apenas a força política do poder legislativo sobre o executivo, e principalmente, sobre a equipe econômica, mas também uma postura elástica perigosa com relação às regras fiscais vigentes. Da forma como a solução está sendo desenhada, a meta fiscal e a regra do teto não passariam de palavras no papel neste ano”, ressaltam os analistas da Tendências.

Há pouco, o presidente Bolsonaro discursou no encontro de chefes de estado sobre o clima. Ele disse que o desenvolvimento de mercados de crédito de carbono é “crucial” para impulsionar as ações de combate ao aquecimento global e para trazer desenvolvimento aos países que preservarem florestas e outros biomas capazes de evitar o aumento da temperatura global, e que o Brasil “está na vanguarda” do enfrentamento ao aquecimento global.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam em queda, acompanhando o recuo do dólar em relação ao real em um dia no qual os ativos locais ajustam-se ao apetite por risco observado nos mercados financeiros ontem, quando a bolsa brasileira permaneceu fechada por causa do feriado de Tiradentes.

Por volta das 13h30 o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,64%, de 4,69% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,24%, de 6,38%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,81%, de 8,00% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,45%, de 8,65%, na mesma comparação.