MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa opera com muita volatilidade pela manhã, sem direção definida. Após abrir em alta, o índice foi perdendo força e passou a cair próximo à abertura das bolsas de Nova York.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,35%, aos 117.932,21 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 13,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2021 apresentava avanço de 0,31%, aos 117.965 pontos.

O analista Rodrigo Moliterno, da Veedha Investimentos, explica que “não encontra uma razão específica” para a alta. “Hoje não temos nenhum evento importante para esse movimento”.

No entanto, acredita que em razão do pacote de investimentos em infraestrutura de US$ 2 trilhões do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, as ações das siderúrgicas estão apontando alta e puxando um pouco o índice para cima, principalmente da Gerdau. “Para a nossa siderurgia é muito positivo esse plano”, afirma. Os papéis da Gerdau sobem 1,31%, CSN (CSNA3) avançam 3,35% e Usiminas (USIM5) ganham 1,93%.

O analista ressalta o movimento fraco do setor financeiro. Os papéis dos bancos, que têm um forte peso no índice, registram retração.  Bradesco (BBDC3 e BBDC4), Banco do Brasil (BBSA3) e Itaú (ITUB4) caem 1,26% e 1,07%; 0,93% e 0,40%, respectivamente.

“Hoje alguns papéis que subiram ontem, hoje estão no movimento de realização de lucro e outros melhorando a performance”, afirma.

Ele acrescenta que os investidores seguem com foco nos desdobramentos do orçamento. Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao vivo para a XP Investimentos e Infomoney disse que o orçamento caminha para um veto parcial às emendas do relator Márcio Bittar (MDB-AC). Na semana passada, o parlamentar havia prometido um corte de R$10 bilhões na peça orçamentária.

O prazo que o presidente Jair Bolsonaro tem para sancionar o texto ou vetar é até o dia 22 de abril.

O dólar comercial acelerou as perdas e cai 1% frente ao real, a R$ 5,61, em viés de ajuste em sessão de agenda esvaziada e poucas notícias aqui e no exterior. A moeda estrangeira perde terreno para as divisas pares e de países emergentes corroborando com o comportamento de baixa da moeda. Aqui, investidores seguem atentos ao imbróglio em torno do Orçamento de 2021.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,35%, cotado a R$ 5,6020 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em maio de 2021 apresentava queda de 1,11%, cotado a R$ 5,610.

O diretor da corretora Amaril Franklin, Fernando Franklin, reforça que o dólar subiu muito nos últimos dias em meio à piora do cenário da pandemia e agora, passa por ajustes em dia esvaziado de notícias. “Apesar de cair 1%, o patamar [da moeda] ainda está muito alto. O dólar passa por esse ajuste diante também da melhora das perspectivas para a economia lá fora”, comenta.

Porém, ele pondera que, apesar do otimismo observado nas últimas sessões, temas importantes seguem no radar dos investidores, principalmente o doméstico em meio ao imbróglio em torno do Orçamento para este ano. “Temos três coisas no radar. O que vai acontecer efetivamente com o Orçamento, se vai furar o teto de gastos ou não, a evolução da vacinação no país e a sinalização em torno das reformas”, avalia.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) mantiveram o viés de alta depois do leilão de NTN-B realizado pelo Tesouro Nacional no fim da manhã de hoje, que teve grande demanda, mas sem provocar oscilações muito bruscas na curva a termo em dia de liquidez reduzida e sem gatilhos de curto prazo.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,595%, de 4,61% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,495%, de 6,485%; o DI para janeiro de 2025 ia a 8,16%, de 8,18% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,77%, de 8,78%, na mesma comparação.