MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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Foto de Lorenzo / Pexels

São Paulo – O Ibovespa opera com muita volatilidade entre perdas e ganhos, mas há pouco deu um alívio e está apontando ligeira alta devido à fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e melhora nas Bolsas norte-americanas.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,88%, aos 113.059,92 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,4 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2021 apresentava avanço de 1,25%, aos 113.170 pontos.

O presidente do Banco Central disse que a inflação é transitória e isso alentou o mercado. As bolsas internacionais estavam caindo mais de 1% e, há pouco, mostravam um pouco de recuperação, principalmente o índice Dow Jones, que caia 0,15%.

Mais cedo, o ministro da Economia afirmou que se for aprovado o orçamento para 2021, que será votado hoje à tarde, poderá liberar R$ 50 bilhões para aposentados e pensionistas. Em relação à pandemia disse que a estimativa do ministério é de que dentro de 40 dias se acelerará a vacinação e em 60 dias a economia apresentará uma melhora. O mercado também recebeu a fala de forma positiva.

O mercado segue absorvendo o resultado do Relatório Trimestral de Inflação (RIT) divulgado esta manhã. O Banco Central (BC) reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e elevou as estimativas de inflação e o discurso de ontem de o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), indicando que as reformas econômicas ficarão fora da pauta por algumas semanas e sugeriu que pode adotar postura mais dura contra erros do governo no combate à pandemia.

O dólar comercial exibe oscilações frente ao real, mas tem alta firme e opera ao redor de R$ 5,65 refletindo o sentimento de cautela que prevalece no mercado doméstico com incertezas em meio aos ruídos políticos em torno do auxílio emergencial, no qual há um pedido de governadores para que a parcela paga seja de R$ 600 e aos moldes de 2020. Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, subiu o tom em relação ao poder Executivo quanto ao combate da covid-19 e sinalizou que a discussão em torno da agenda de reformas pode se atrasar.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,05%, cotado a R$ 5,6410 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2021 apresentava avanço de 0,33%, cotado a R$ 5,641.

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, avalia que a moeda oscila digerindo os ruídos políticos e o leilão do Banco Central (BC), que colocou no mercado o total ofertado de US$ 3,0 bilhões em uma operação de venda de dólar com compromisso de recompra, conhecido como leilão de linha. O leilão já estava programado.

“O leilão tirou a pressão compradora do dólar, ajudando em um fluxo do exportador de desmonte de posições compradas”, diz, reforçando que o movimento local de proteção reflete as incertezas do mercado local após o pedido de 16 governadores, por meio de uma carta enviada ao presidente da Câmara e do Senado, Rodrigo Pacheco, pedindo para o Congresso usar dispositivos para aumentar a parcela da nova rodada do auxílio emergencial, estabelecida entre R$ 175 e R$ 375, para R$ 600 e seguir os moldes aprovados no ano passado.

O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, acrescenta que o discurso de Lira, ontem, foi considerado “duro” com o Executivo, ao proteger o Grupo de Trabalho criado por outros poderes para lidar com a pandemia. “Hoje, o Congresso deve votar o orçamento de 2021, com pressão de alguns políticos para aumentos de gastos”, ressalta.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) passaram a cair depois de os leilões de dólares e títulos pré-fixados promovidos pelo Banco Central (BC) e pelo Tesouro Nacional, respectivamente, terem aliviado a pressão sobre a taxa de câmbio e sobre os vértices mais curtos do mercado de juros.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,60%, de 4,75% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,43%, de 6,59%; o DI para janeiro de 2025 ia a 8,01%, de 8,14% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,59%, de 8,68%, na mesma comparação.