MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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Gráfico

São Paulo – O índice da B3 está volátil, registrou queda no início da manhã, mas reverteu o movimento à espera do depoimento, esta tarde, do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Jerome Powell, e da secretária do Tesouro, Janet Yellen, na Câmara dos Estados Unidos.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,28%, aos 115.306,68 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 11,9 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2021 apresentava recuo de 0,03%, aos 115.400 pontos.

O texto preparado para o discurso na Câmara foi divulgado pela manhã, onde Powell disse que “a recuperação progrediu mais rapidamente do que geralmente se esperava e parece estar se fortalecendo”.

A secretária do Tesouro vai afirmar aos deputados que o pacote fiscal de US$1,9 trilhão pode contribuir par o mercado de trabalho no país se recupere em 2022. “Segundo o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, o texto do discurso das duas autoridades ajudou a melhorar um pouco o desempenho do Ibovespa. “Powell e Yellen foram em linha com que se esperava”, afirmou. No entanto, ressalta que foi muito pontual porque não houve uma subida expressiva.

Mas a preocupação com o cenário da pandemia no Brasil e no mundo segue no radar os investidores. A informação de uma terceira onda assusta os investidores.

Aqui o mercado segue com as atenções ao manejo do governo federal em relação à Covid-19, que se encontra em descontrole com mais de 295 mil mortos divulgados ontem, as UTIs superlotadas e a falta de medicamentos para intubar pacientes com a doença. Diante desse quadro, um ministro da Saúde indicado pelo Planalto que ainda não tomou posse.

O mercado financeiro espera a vacina. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro concordou com a vacinação para a população brasileira, mas ironizou o lockdown como medida para conter o vírus. Várias cidades do País estão adotando a ação. Apesar do ministro da economia, Paulo Guedes, defender que “a vacinação é a melhor política fiscal”, ele se alinha ao discurso do Bolsonaro.

Volátil desde a abertura dos negócios, o dólar comercial acelerou as perdas frente ao real, renovando mínimas sucessivas abaixo de R$ 5,50, acompanhando uma leve melhora das moedas de países emergentes lá fora e em meio a um fluxo local por parte de exportadores. Lá fora, a moeda estrangeira opera pressionada em meio à aversão ao risco que prevalece com investidores atentos à pandemia de covid-19 na Europa com receio de uma terceira onda de contaminações.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,48%, cotado a R$ 5,4910 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2021 apresentava recuo de 0,29%, cotado a R$ 5,493.

“Por agora, teve uma melhora lá fora e aqui, é um movimento local de fluxo de venda por parte dos exportadores. Isso tem ajudado o dólar a inverter os ganhos exibidos na abertura”, comenta o diretor de uma corretora nacional.

A equipe da mesa de câmbio da Travelex Bank reforça que a crise sanitária no Brasil está em “estado gravíssimo” e tem preocupado investidores locais. “E somada a uma cautela externa, a tendência é que a pressão de alta no dólar continue”, avalia.

Às 13 horas, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fará discurso na as expectativas giram em torno das falas de Jerome Powell, presidente do Fed, na Câmara dos Deputados. “O que se espera é que Powell enfatize a recuperação acelerada da economia dos Estados Unidos, em linha com o discurso adotado na decisão de taxa de juros na semana passada”, diz a economista-chefe da Consuleza Investimentos, Helena Veronese.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam em alta em um dia no qual os investidores divergem sobre o tom da ata da reunião realizada na semana passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Enquanto os vencimentos mais curtos ajustam-se às apostas para os próximos passos do aperto monetário no Brasil, os vencimentos mais longos refletem os riscos fiscais e políticos.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,65%, de 4,595% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,375%, de 6,265%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,87%, de 7,70% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,38%, de 8,18%, na mesma comparação.