MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa opera em leve alta, revertendo a leve queda observada no início do pregão, com a prevalência do apetite por risco nos mercados internacionais sobre os fatores locais e a cautela com a proximidade do Carnaval, que manterá a B3 fechada no início da próxima semana.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,21% aos 120.499,81 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 13,0 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em fevereiro de 2021 apresentava estabilidade aos 120.495 pontos.

No campo corporativo, a alta dos contratos futuros de petróleo do tipo Brent é insuficiente para desfazer a pressão negativa sobre as ações da Petrobras pela decisão da empresa estatal de ampliar de três meses para um ano o período de reajuste dos preços dos combustíveis.

Além disso, os investidores esperam sinais mais claros sobre as prioridades do governo enquanto aguardam a formação da comissão mista de orçamento depois de o Palácio do Planalto ter saído vitorioso da disputa pelo controle da Câmara e do Senado no ano passado.

Com isso, prevalece o apetite por risco que mantém em alta os principais índices de ações pelo mundo. Na avaliação de Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, há espaço para que o Ibovespa busque hoje a faixa dos 121 mil pontos.

Após alta firme nas primeiras horas de negócios, o dólar comercial passou a oscilar frente ao real e opera em queda acompanhando o movimento no exterior, onde o dólar perdeu um pouco de força ante as moedas globais em meio à expectativa de aprovação do pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos, de US$ 1,9 trilhão. Aqui, declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, animam investidores.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,05%, cotado a R$ 5,3270 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2021 apresentava recuo de 0,81%, cotado a R$ 5,330.

“As declarações do Lira de que vai mandar a reforma administrativa amanhã para a CCJC [Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania] levaram o mercado ao início de um pequeno movimento de desmonte de posições defensivas. Além disso, teve o tradicional fluxo de entrada de investidor estrangeiro”, comenta o diretor de câmbio de uma corretora local.

O economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, reforça que investidores monitoram os impactos da retomada dos trabalhos no Congresso e os efeitos da reformulação das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado, já que a semana deve trazer “mais clareza” quanto alguns debates que continuam ganhando “maturidade”, como a aprovação do Orçamento deste ano.

“Também deve ter o início da tramitação das reformas e o restabelecimento das comissões temáticas do Congresso”, comenta o economista, acrescentando que o governo estuda uma cláusula de calamidade pública para “ressuscitar” o auxílio emergencial.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem com leves oscilações, sem uma direção definida, com os investidores sustentando posições antes de uma série de eventos políticos e indicadores econômicos previstos na agenda doméstica desta semana. No entanto, a manutenção do apetite por risco no exterior instiga uma postura menos defensiva, apesar da proximidade da paralisação dos negócios locais com o carnaval.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 3,405%, de 3,420% no ajuste anterior, ao final da semana passada; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,95%, de 4,980% após o ajuste da última sexta-feira; o DI para janeiro de 2025 estava em 6,34%, de 6,31%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 6,99%, de 6,98%, na mesma comparação.